Resumo da Semana: Coronavírus derruba bolsas ao redor do mundo, Polêmica com Presidente do Conselho de Administração do IRB, Desemprego no Brasil e Private Equity na Europa.

A última semana será relembrada por todos nós durante anos. O índice Ibovespa chegou a inimagináveis 104.171 pontos, o que representou, na última sexta-feira (28), uma alta de 1,01%. De quarta à sexta-feira, o principal índice das ações negociadas na bolsa de valores brasileira teve uma intensa desvalorização de cerca de 10%. Em 2020, o índice segue negativo, com uma baixa significativa de -11,68% até o momento.

Já o Ifix – o índice de referência dos Fundos de Investimentos Imobiliários – historicamente se provou uma excelente alternativa de entrada no mercado de renda variável para os investidores iniciantes, dada a sua baixa volatilidade histórica. Na última sexta-feira, por exemplo, o índice encerrou o dia aos 2.959 pontos, o que representou uma baixa de – 0,44% no dia. Na mesma semana e no acumulado de 2020, o índice performou: – 1,85 e -7,45%, respectivamente.

Casos suspeitos de coronavírus no Brasil chegam a 182.

No entanto, até o presente momento, 28/02/2020 às 19:00, apenas um caso foi confirmado da doença que vem derrubando os mercados globais.

  • Único infectado é um homem de 61 anos que chegou recentemente da Itália a São Paulo;
  • Os pacientes em avaliação estão em 15 Estados diferentes, sendo a maioria em São Paulo;
  • Na Itália, o centro da epidemia na Europa, há 888 casos confirmados e 21 mortes. Mesmo com a baixa taxa de mortalidade há preocupações em relação a alta velocidade de propagação do mesmo, facilmente transmitido para o próximo;
  • A disseminação do vírus pelo mundo aumentou a aversão ao risco dos investidores, que estão preocupados com as possíveis consequências na atividade econômica global, principalmente por conta da paralização de diversas empresas operando na China e a possibilidade de um efeito cascata;
  • No Brasil, o Ibovespa recuou cerca de 10% na semana, a maior queda desde a crise de 2008.

Presidente do conselho de administração do IRB Brasil renuncia ao cargo; empresa nega.

Segundo o Valor Econômico, o presidente do conselho de administração do IRB, Ivan Monteiro, teria renunciado ao cargo no dia 20 de fevereiro, após uma teleconferência sobre os resultados da companhia.

  • De acordo com fontes próximas a IRB, Ivan Monteiro não estaria gostando da gestão da empresa e não teria encontrado respaldo para implementar suas mudanças;
  • No entanto, teria pedido para deixar o cargo, oficialmente, por “motivos pessoais”;
  • As fontes ouvidas pelo jornal Valor Econômico reafirmaram a informação após ser negada pela empresa, classificando-a como uma decisão sem volta;
  • Em comunicado ao mercado a companhia de resseguros afirmou que: “não houve pedido de renúncia do atual Presidente do Conselho de Administração”;
  • Recentemente o IRB também foi acusado pela gestora Squadra de uma eventual inconsistência contábil em seus resultados;
  • Por fim, foi também vinculada na mídia, pelo jornal Estadão, que Warren Buffett teria triplicado sua posição na mesma.

EBOOK INVESTINDO EM DIVIDENDOS

Desemprego no trimestre encerrado em janeiro foi de 11,2%, segundo IBGE.

A taxa de desemprego reportada representa 11,9 milhões de pessoas, e ficou 0,8% abaixo do apresentado no mesmo período do ano anterior, quando foi de 12%.

  • De acordo com a PNAD, a retração do desemprego foi de 0,4% em relação ao trimestre anterior, encerrado em outubro;
  • O volume de pessoas ocupadas e o nível de ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foram de 94,2 milhões e 54,8%, respectivamente;
  • Segundo Adriana Beringuy, analista da PNAD, “Houve manutenção do aumento do emprego com carteira assinada no setor privado, influenciado ainda pelos resultados econômicos do final de 2019”.

ThyssenKrupp vende segmento de elevadores por 17 bi de euros

Os fundos Advent e Civent, ambos de Private Equity, foram os compradores de um dos maiores negócios da indústria na Europa.

  • O processo se estendeu por meses e teve intensa concorrência de outros fundos interessados na divisão do problemático conglomerado alemão;
  • A transação é mais uma prova da quantidade de crédito na indústria de Private Equity, adquirindo o controle de empresas cada vez maiores;
  • Recentemente o fundo de Private Equity Sycamore Partners, especializado em casos de turnaround, adquiriu a Victoria’s Secret por US$ 1,1 bi;
  • Segundo a YhyssenKrupp: “Os recursos vão ser usados, em uma medida razoável, no desenvolvimento das operações remanescentes e no portfólio”;
  • A mesma informou que utilizará cerca de 10% para recomprar uma pequena participação na unidade de elevadores e descartou a hipótese de distribuir proventos especiais;
  • O segmento aparenta ter fluxos de caixa constantes e previsíveis, além de uma alta perpetuidade, características buscadas por empresas de Private Equity.

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