Radar do Mercado: Magazine Luiza (MGLU3) recrutando talentos do Google

O Magazine Luiza anunciou ontem (05) que contratou, na mesma data, o senhor Simon Olson para assumir o cargo de Diretor Adjunto de Relações com Investidores e Novos Negócios da empresa.

O Magazine Luiza, ao nosso entender, é a única empresa do setor de varejo que soube realizar com sucesso a migração do varejo físico para o online.

Recentemente, inclusive, em uma entrevista concedida a nosso sócio fundador, Tiago Reis, uma das maiores autoridades em tecnologia e inovação do Brasil, Tallis Gomes – fundador do Easy Taxi, da Singu e autor do best-seller Nada Easy – ressaltou e elogiou bastante os esforços que a gestão da empresa fez e vem fazendo para adentrar no universo digital.

Dessa forma, muito por conta desses esforços de gestão que mencionamos anteriormente (obviamente muito mais fáceis percebidos depois de feitos do que antes), entendemos também que essa valorização gigantesca que as ações da empresa vêm sofrendo é muito merecida – as ações da companhia (MGLU3) sofreram uma valorização estrondosa de pouco menos de 1.000% (mil por cento) no período de apenas um ano.

Ao que tudo indica, os esforços e grandes investimentos em inovações tecnológicas vêm surtindo efeito, isto por que os resultados da nova gestão se fizeram valer rapidamente, dado que no segundo trimestre deste ano – muito por conta de um crescimento nas vendas, além de uma contribuição positiva do e-commerce, alavancagem operacional e uma maturação dos projetos da transformação digital – a companhia apresentou uma evolução de 45% em seu Ebitda frente ao mesmo período do ano passado, além de uma margem EBITDA de 8,7% no 2T17.

EBITDA MGLU3

Como resultado, o Magazine Luiza atingiu, no último trimestre, o maior lucro de todos os seus 60 anos de história, que totalizaram nada menos que R$ 72 milhões. No comparativo com o mesmo período do ano passado, a alta no resultado foi de 600%.

LL MGLU3

Não bastasse, a companhia também um ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) anualizado de 39%, o que consideramos um patamar excelente, dada as baixas margens que tradicionalmente este setor de atuação é submetido. Esta alta rentabilidade atribuiu-se em grande parte por um melhor desempenho de vendas, uma diluição de despesas operacionais e uma melhoria do resultado financeiro.

Por conta de tudo isso, admiramos muito da empresa, e entendemos que a contratação de um ex-diretor do Google no Brasil salienta ainda mais os esforços da empresa em se manter na vanguarda tecnológica e inovadora que o setor do varejo tanto demanda hoje, fator este ainda mais importante quando levado em consideração o fato de a gigante mundial do varejo, a Amazon, possui planos de ampliar sua atuação no Brasil, que atualmente é apenas focada na venda de livros.

Contudo, os preços não se encontram nada favoráveis para a entrada no negócio, por isso preferimos apenas acompanhar a dinâmica à distância e aguardar uma janela de oportunidade para poder indicarmos o ativo.

ACESSO RÁPIDO
    Tiago Reis
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