Radar do mercado: PETROBRAS (PETR4) conclui venda de campos terrestres na bacia potiguar por US$ 266 milhões

  • Finalizada a venda da totalidade da sua participação em 34 campos de produção terrestres, localizados na Bacia Potiguar, por 266 milhões de dólares.
  • Os campos, situados no Rio Grande do Norte, foram vendidos para a Potiguar E&P S.A, subsidiária da Petrorecôncavo, de acordo com fato relevante da Petrobras.
  • A companhia já havia recebido 28,8 milhões de dólares, a título de depósito, na data de assinatura, em 25 de abril de 2019.
  • Os 34 campos produziram, em média, 5,8 mil barris de óleo equivalente ao dia em 2019, disse a estatal, complementando que a empresa detém 100% de fatia na maioria das concessões vendidas.
  • Em Cardeal e Colibri, contudo, a Petrobras detinha 50% de participação. Nos campos de Sabiá da Mata e Sabiá Bico-de-Osso, a fatia da empresa era de 70% de participação.

Recentemente, a companhia anunciou o primeiro plano estratégico no governo Bolsonaro, relativo ao período de 2020 a 2024, em que trouxe investimento 10% menor do que o anterior – de US$ 84,1 bilhões passou para US$ 75,7 bilhões – e reforçou o foco da empresa no pré-sal.

PLANILHA CONTROLE GASTOS

O plano revelou o caminho que a Petrobrás vai seguir na área financeira daqui para frente. A previsão é que os novos projetos sejam bancados com a venda de ativos – até US$ 30 bilhões em cinco anos –, sem que seja necessário contrair mais dívida. Até então, a ordem era se desfazer de US$ 26,9 bi.

Em 2019, a Petrobrás já se desfez de ativos de porte. A TAG, operadora do gasoduto que interliga as regiões Sudeste e Nordeste do País, ficou com a francesa Engie; e o controle da BR Distribuidora foi diluído no mercado. Além disso, a empresa assinou contrato com a Copagaz e com a Nacional Gás Butano para a venda da totalidade da distribuidora Liquigás.

Além disso, a empresa espera baixar a dívida bruta de US$ 90 bilhões, no fim de setembro, para US$ 60 bilhões já no ano que vem. Para isso, aposta também numa “expressiva geração operacional de caixa”.

O plano revela o foco da gestão na maximização de valor para os acionistas e tem como destaques a redução de dívida e a venda de ativos. A interpretação é de que a empresa deu uma sinalização benéfica de que vai abandonar o que o mercado classifica como “destruição de valor”, ao perseguir um retorno operacional superior ao seu custo de capital.

Além de informar investimentos mais conservadores do que o previsto, o plano trouxe, pela primeira vez, uma agenda de descarbonização, com menos emissões e ganhos no processo produtivo. Mas postergou novamente a decisão de ingressar na geração de energia solar e eólica, na contramão do que estão fazendo as gigantes do petróleo.

PLANILHA DA VIDA FINANCEIRA

Disclaimer: o Radar do Mercado não constitui recomendação de compra nem de venda das empresas contempladas, apenas visa abordar as notícias mais recentes das empresas da Bolsa brasileira. A opinião dos analistas da Suno Research é expressa exclusivamente através dos relatórios.

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    Tiago Reis
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