Em quantos papéis o investidor deve concentrar as compras mensais?

Essa é uma questão que com muita frequência nos chega através das redes sociais ou mesmo por e-mail, e muitos investidores sentem-se confusos, sem saber a melhor forma e como direcionar o aporte mensal.

Por isso, visando auxiliar os investidores, responderemos abaixo essa dúvida.

Fato é que não existe uma regra ou padrão, e a quantidade de ativos a ser investido mensalmente pelo investidor dependerá de alguns fatores, tais como: (i) capacidade de aportes; (ii) custos de corretagem e custódia envolvidos; (iii) perfil do investidor e; (iv) quantidade de grandes oportunidades oferecidas no mercado naquele momento.

No meu caso, eu, Felipe Tadewald, que escrevo este texto, particularmente, concentro minhas compras mensais em dois ou três papéis, entre ações, fundos imobiliários ou mesmo BDR’s.

Porém, a depender do número de oportunidade disponíveis naquele momento específico no mercado, especialmente em momentos de volatilidade, posso comprar menos ativos ou mais em um determinado mês.

Por exemplo, se existe um ativo que gosto bastante e que esteja em um momento de grande oportunidade, com um valuation bastante atrativo, com múltiplos próximos das mínimas históricas, e claro, sem nenhuma questão de deterioração estrutural de seus números, que possa comprometer de forma relevante a saúde financeira daquela empresa, é possível que eu direcione todo o aporte e reinvestimentos de dividendos do mês apenas neste ativo

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Porém, é comum que existam mais de uma boa oportunidade, e por isso, normalmente minhas compras acabam se resumindo a um número um pouco maior de papéis.

Independentemente da quantidade exata de ativos a serem comprados mensalmente, o importante é que o investidor concentre suas compras nas melhores oportunidades daquele momento, seja em ações, fundos imobiliários, ou mesmo BDRs.

Dessa forma, o investidor consegue capturar preços bastante atrativos, garantindo uma margem de segurança maior nas compras, yields maiores, além de obter um potencial maior de upside.

Felizmente, por estarmos no Brasil, um país com características peculiares, onde com certa frequência vemos um cenário de volatilidade e receio, tanto por questões políticas, quanto econômicas, é bastante comum termos “promoções” na Bolsa de Valores, sendo que dificilmente o investidor ficará muito tempo sem ter pelo menos algumas boas oportunidades disponíveis.

Um ponto a ser ressaltado, no entanto, é que normalmente o ideal é não diversificar o aporte mensal em muitos papéis, tendo em vista que os custos com corretagem podem acabar assumindo uma representatividade muito elevada no aporte ou reinvestimento daquele mês, sobretudo para os pequenos investidores, e aqueles que estão iniciando.

O recomendado é que os custos com corretagem não superem 2% do valor do aporte, sendo que o ótimo é que eles não superem 1%.

Ou seja, se você resolver aportar R$ 1.000,00 por mês, o ideal mesmo é que estes custos não superem R$ 10,00, o que hoje em dia não é tão difícil com os preços cada vez mais democratizados das corretoras, fruto da competição no setor e de uma clara tendência de redução desses preços.

Se a corretagem cobrada pela corretora utilizada é de R$ 10,00, então neste caso, com um aporte e dividendos que somam um total de R$ 1.000,00, o ideal seria comprar apenas um papel.

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