Biografia de Eike Batista
Quem é Eike Batista?
Eike Batista é um empresário brasileiro, fundador e presidente do grupo EBX. Ele já foi apontado como um dos homens mais ricos do Brasil e do mundo, mas perdeu grande parte de sua fortuna.
Em fevereiro de 2017, Eike Batista foi acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, durante a Operação Lava Jato. Por um tempo, foi considerado foragido.
Um dos desdobramentos das acusações foi a condenação de 30 anos de prisão. Eike passou dias preso em regime fechado e, posteriormente, foi encaminhado para regime domiciliar.
História de Eike Batista
Nascido em Governador Valadares, no estado de Minas Gerais, Eike Fuhrken Batista da Silva tem cidadania alemã também, devido a origem de sua mãe, que veio de Hamburgo.
O pai de Eike foi presidente da Companhia Vale do Rio Doce durante o período da ditadura militar. Depois, exerceu o cargo de ministro de Minas e Energia.
Na adolescência, acompanhado da família, Eike mudou-se para a Europa com a família. Lá, começou o curso de engenharia metalúrgica na Universidade Técnica de Aachen, na Alemanha.
Ele não concluiu a graduação e, de volta ao Brasil, começou a vender apólices de seguros.
Eike Batista e a mineração
Após retornar ao Brasil, Eike também começou a fazer negócios como intermediário entre mineradores de ouro e diamante da região Norte com compradores de outros locais do Brasil e Europa.
A primeira empresa que Eike Batista criou foi justamente nessa área, chamada de Autram Aurem.
A experiência na área o qualificou, aos 29 anos, para a empresa a TVX Gold. Listada na bolsa de valores do Canadá, Batista foi o principal executivo do grupo.
Entre as décadas de 1980 e o início dos anos 2000, o empresário criou, em valor de operação de minas de ouro no Brasil e no Canadá e prata no Chile, US$ 20 bilhões.
Já apontado como inspiração para a nova safra de empreendedores, Eike expandiu seus negócios através do grupo EBX com empresas especializadas em óleo e gás (OGX), logística (LLX), energia (MPX), carvão mineral (CCX), indústria naval especializada em exploração marítima (OSX) e mineração (MMX).
A sigla EBX é composta dos iniciais do nome do empresário e a letra X significa o poder de multiplicação.
Ao longo de sua carreira, em especial na década de 2010, foi eleito por veículos como as revistas Época e IstoÉ um dos principais nomes do mundo.
Em 2012, ele alcançou o posto de homem mais rico do Brasil – e o sétimo do mundo, com patrimônio estimado em US$ 30 bilhões. A ascensão na lista da Forbes foi meteórica.
Grupo EBX
O EBX é um grupo de empresas que atuam em diversas frentes, com destaque para o setor de commodities e infraestrutura.
Inicialmente, eram do grupo EBX as seguintes empresas: OGX (óleo e gás natural), LLX (logística), CCX (carvão mineral), MMX (mineração) e outras.
Eike utiliza a letra X no fim da numeclatura da empresas para simbolizar o potencial de multiplicação das companhias.
Empresas menores do grupo consistiam na REX, do segmento imobiliário, a FIX (de tecnologia) e a IMX ( de entretenimento).
Com suas companhias, Eike Batista atraiu diversos investidores, que aportaram capital nessas empresas visando valorizações expressivas. Inclusive, muitos investidores individuais aportaram na OGX com expectativas positivas.
Muitas das empresas foram vendidas para outros grupos empresariais ou definitivamente fechadas após escândalos envolvendo o nome de Eike Batista. Atualmente, o grupo conta apenas com a MMX (MMXM3), a Dommo Energia (DMMO3) e a OSX (OSXB3).
Queda de Eike Batista
Em 2017 após as acusações de lavagem de dinheiro e corrupção, a fortuna de Eike Batista era estimada em US$ 116 milhões.
Entre as acusações sobre as operações, destaca-se à do grupo OGX: a companhia comunicou Entre as acusações sobre as operações, destaca-se à do grupo OGX: a companhia comunicou diversas vezes sobre a viabilidade de exploração comercial dos campos na Bacia de Campos e de Santos. Pelas afirmações, Eike Batista foi condenado a oito anos de prisão por manipulação de mercado.
Além de problemas operacionais nas empresas, Eike Batista foi acusado Operação Lava Jato de estar envolvido com esquemas de corrupção com o governo federal. Ele fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, que está mantida sob sigilo pelo Supremo Tribunal Federal.
Com a trajetória de Eike Batista abalada, muitas de suas empresas ficaram comprometidas com esses escândalos, de forma que muitos investidores que haviam aportado capital nessas companhias também perderam bastante dinheiro.
Apesar de diversas empresas de Eike Batista terem sofrido no processo, uma exceção foi a MPX Energia, que teve seu controle vendido para um grupo alemão e mudou seu nome para Eneva (ENEV3). A empresa entregou forte geração de resultados, o que gerou valor a seus acionistas.
Prisão de Eike Batista
Réu na Operação Lava Jato, o empresário Eike Batista foi considerado foragido da justiça brasileira no início de 2017.
Entre as acusações, estava o pagamento de propina ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral – até hoje preso.
Após se entregar, Eike foi encarcerado no Bangu 9, no Rio de Janeiro. Em abril do mesmo ano, Eike Batista teve seu regime flexibilizado pelo ministro do STF Gilmar Mendes e passou a cumprir prisão domiciliar que tem, entre outras características, vistorias esporádicas, sem aviso prévio, da Polícia Federal em sua casa.
Além das acusações de pagamento de propinas, a manipulação no preço das ações de sua companhia OSX e a manipulação de mercado nas empresas do grupo OGX estão entre seus crimes do qual Eike Batista foi processado.
