Biografia de Carlos Ghosn
Quem é Carlos Ghosn
Carlos Ghosn foi CEO da empresa automobilística francesa Renault, além de ser presidente da Aliança Renault-Nissan, quarto maior grupo automobilístico mundial, que apresentou margem líquida com números recordes nos últimos anos.
Carlos Ghosn é um dos executivos mais respeitados do ramo, sendo que acumula uma série de premiações, como empresário do Ano na Ásia, concedida em 2012 pela Fortune.
O empreendedor ganhou fama mundial em 1999 após salvar a Nissan da falência, acontecimento que faz com que seja tratado com status de celebridade no Japão.
Ainda que Carlos Ghosn tenha recebido diversas propostas para sair da holding, o empresário manteve- se. Marcando território como um dos maiores nomes da área.
Biografia de Carlos Ghosn
Bichara Ghosn, seu avô, emigrou do Líbano para o Brasil no início do século XX. Carlos Ghosn nasceu em 9 de março de 1954 na cidade de Porto Velho, estado de Rondônia. Com apenas dois anos se mudou ao Rio de Janeiro com sua família.
Em 1960, com seis anos, Carlos se mudou para Beirute, capital do Líbano. No país ele concluiu o segundo grau. Na década de 70 se mudou para França.
Carlos Ghosn tem formação em engenharia pelas universidades École Polytechnique, em 1974, e École de Mines, em 1978. Após se formar começou a trabalhar na fabricante de pneus, Michelin.
Com 30 anos,em 1985, tornou- se diretor de operações da multinacional na América do Sul, na época voltou ao Rio de Janeiro. Local que ficou até 1989, quando se mudou para Greenville, nos Estados Unidos, tornando-se diretor executivo da Michelin no país.
O executivo, formado em engenharia, iniciou sua carreira profissional como aprendiz na Michelin, maior fabricante pneumática da Europa. Carlos permaneceu 18 anos na empresa.
Carlos Ghosn na Renault
Em 1996, saiu da Michelin após 18 anos, ao aceitar o cargo de vice-presidente executivo da companhia automobilística Renault.
Com as mudanças implementadas no grupo, Carlos começou a ser conhecido no meio, além de ganhar o apelido de Le Cost Killer. No período o grupo vivia crise financeira, porém através da liderança de Le Cost Killer, a multinacional voltou a crescer.
No ano de 1999 a Renault adquiriu 36,8% da Nissan. No período, a montadora japonesa acumulava 20 bilhões de dólares em dívidas.
Ghosn é o principal responsável por costurar o acordo entre a Renault e Nissan, em 1999. Ele também leva o mérito por recuperar a empresa japonesa, que estava à beira da falência e com uma dívida bilionária.
Através de uma série de medidas políticas e cortes de gastos que Carlos Ghosn havia arquitetado, a Nissan, em 2002, apresentou uma redução de quase 50% do valor de suas dívidas, além de se tornar um dos negócios mais lucrativos do setor.
A retomada fez com que ele ganhasse prestígio no meio. No ano de 2005 Carlos se tornou o CEO da Renault-Nissan. Em sua gestão o grupo adquiriu parte da Mitsubishi e da AvtoVAZ.
No período ele também ocupava a função no grupo japonês, o que o tornou a primeira pessoa do mundo a dirigir simultaneamente duas empresas na lista da Fortune Global 500.
Um dos principais méritos do executivo foi ter investido em carros elétricos. Frente que, segundo o próprio, é o futuro do setor automobilístico.
A revista Forbes, em 2006, definiu Carlos como “o trabalhador mais assíduo na altamente competitiva indústria automobilística”.
Sob sua liderança a Aliança, desde 2007, investe cinco bilhões de dólares no desenvolvimento de carros elétricos de zero emissão. Três anos mais tarde foi lançado o Nissan Leaf, primeiro carro do mundo 100% elétrico.
Outros destaques de sua gestão no grupo foram a aquisição de 25% da automobilística russa AvtoVAZ, em 2012, e 34% da japonesa Mitsubishi, em 2016. Dois negócios que colocaram a Aliança na quarta colocação de maiores empresas do ramo no mundo.
Fuga de Carlos Ghosn
Em dezembro de 2018, o empresário brasileiro foi acusado pelo governo japonês após ser acusado de crimes financeiros.
Em novembro de 2018, Carlos Ghosn foi preso em Tóquio, onde passou 108 dias sob custódia da justiça japonesa.
No final de 2019, Ghosn surpreende todos e foge do Japão em direção ao Líbano. O acontecimento chocou a todos ao redor do mundo e o feito até hoje permanece sendo um mistério.
Carlos nega todas as acusações e diz estar sendo vítima da injustiça e perseguição política. A fuga do executivo se tornou notória devido às circunstâncias que o impediam de viajar. Ghosn durante sua custódia teve de entregar seu passaporte.
O empreendedor estava preso no Japão, um país que não faz fronteira terrestre com nenhum país. Portanto, ainda questiona-se como Ghosn obteve sua fuga.
Uma das teorias sobre a fuga que ganhou mais força dizia que Ghosn teria se escondido em uma grande caixa de equipamento musical antes de decolar em um jato particular para o Líbano.
Recentemente, descobriu-se que dois norte-americanos ajudaram o empreendedor a fugir do Japão, mas os detalhes ainda são desconhecidos.
Ghosn segue no Líbano, fora do alcance da polícia japonesa, e ainda nega todas as acusações que enfrenta.
Nos anos 90, Carlos Ghosn chegou a ser considerado herói no Japão devido seu trabalho na Nissan.