XP Inc. revisa estimativa de contração do PIB em 2020 para 4,6%

A XP Inc. (NASDAQ: XP) revisou sua estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano para uma contração de 4,6%, ante uma queda de 4,8% na previsão anterior.

A corretora brasileira comunicou que a sua reavaliação tem como base os dados recentes que sinalizam uma retomada mais forte da economia em 2020, “com alguma pressão de curto prazo na inflação ao consumidor”. Nesse sentido, de acordo com a XP, os indicadores referentes ao terceiro trimestre indicaram uma recuperação expressiva da atividade, e a empresa revisou sua previsão para o PIB no período para uma alta 7,8% em relação ao segundo trimestre. A projeção anterior era de 6,8%.

A casa ainda aumentou sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2,6% para 3,1% neste ano e manteve sua estimativa de 2,6% para 2021.

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XP prevê um crescimento de 3,4% do PIB em 2021

Para o ano que vem, a corretora também revisou sua projeção para o PIB brasileiro em 0,4 ponto percentual para uma alta de 3,4%. “O setor industrial, impulsionado pela retomada do comércio varejista e pela depreciação cambial, deverá ser a principal força motriz na passagem do ano. A manutenção do regime fiscal, os juros baixos, a recomposição do consumo das famílias mais ricas (interrompido na pandemia) e a melhora das condições financeiras devem compensar, em parte, o fim das políticas de suporte governamental”, salientou a XP.

A companhia espera que a economia do País siga se recuperando em 2021, mesmo que em ritmo menos intenso do que o previsto para o terceiro trimestre. Apesar disso, a equipe de análise de corretora reconhece o obstáculo do teto de gastos, principal fonte de incerteza em questão de política fiscal brasileira. Desse modo, se o teto foi conservado, “sem furos ou calombos para acomodar mais gastos”, o PIB poderia crescer 3,4% no próximo ano.

“O risco fiscal, contudo, permanece. A pressão política continuará, tanto por programas sociais quanto por mais investimento. O teto seguirá pressionado se não houver disposição para rever gastos obrigatórios. Esta indefinição deve pesar sobre o desempenho da economia e dos ativos financeiros brasileiros nos próximos trimestres”, destacou a XP.

Além disso, a empresa estima um déficit primário de 12,9% do PIB neste ano e de 3,9% em 2021; enquanto a dívida bruta do governo geral deve chegar a 94,5% do PIB em 2020 e 96,3% no ano seguinte.

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Arthur Guimarães

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