Wells Fargo nega empréstimo a concessionárias nos EUA

O banco norte-americano Wells Fargo anunciou nesta terça-feira (2) que deixará de aceitar pedidos de empréstimo de concessionárias independentes nos EUA. A porta-voz do banco, Natalie Brown, explicou que a decisão foi tomada por medo de negligência dos pequenos negócios.

A Wells Fargo, um dos maiores credores de carros nos EUA, optou por negar todos os pedidos de empréstimo vindos de concessionárias que não fossem ligadas a grandes franquias. Segundo o banco, emprestar dinheiro para concessionárias pequenas e independentes envolve um risco muito mais alto, já que vendem carros usados e por preços mais baixos.

Em um e-mail escrito ao público, a porta-voz do banco deixou claro que essa medida foi necessária devido ao momento de incerteza econômica causada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). Durante momentos como este, muitos devedores deixam de honrar com suas dívidas, o que pode representar grandes problemas financeiros para os bancos.

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Segundo o CEO da Wells Fargo, Jamie Dimon, o número crescente de pedidos de empréstimo ameaçava a segurança financeira da instituição, o que impossibilitou que emprestassem dinheiro para novos clientes comerciais. O valor das linhas de crédito juntas poderia chegar a bilhões de dólares, levando o banco a decisão de fazer empréstimos somente às empresas que já tinham uma relação com o banco.

A crise na Wells Fargo

Desde o envolvimento em um escândalo relacionado a contas falsas e fraudulentas nos Estados Unidos em 2016, a instituição financeira foi obrigada pelo Banco Central norte-americano (Fed) a limitar a movimentação de dinheiro, dificultando o aumento de seus ativos e de seu crescimento como banco.

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Apesar de estar sendo vigiado pelo Fed, a Wells Fargo vinha melhorando sua imagem no mercado e ao passar dos anos, tinha aumentado sua capacidade de empréstimos tanto para imóveis  como para automóveis, e se destacava no setor. Porém, executivos do banco viram a diminuição de empréstimos e de risco, como a melhor alternativa enquanto negócios e pessoas sofrem com os efeitos do covid-19.

Daniel Guimarães

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