Waldery Rodrigues deve renunciar nesta quarta, dizem fontes

O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, deverá apresentar seu pedido de renúncia nesta quarta-feira (16), segundo fontes próximas ao governo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes estaria aguardando a saída de Waldery Rodrigues após as tensões provocadas pelas mudanças do programa “Renda Brasil”, que irritaram o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Em particular, o secretário havia falado com a imprensa indicando que o governo estava trabalhando em uma desvinculação de aposentadorias e pensões do salário mínimo para financiar o Renda Brasil. A declaração de Rodrigues não repercutiu bem dentro do governo federal e teria desagradado a ala política que defende aumento de gastos.

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“Quem porventura venha propor para mim uma medida como essa só posso dar um cartão vermelho”, respondeu Bolsonaro em um vídeo publicado na última terça-feira (15), onde anunciou que não se falaria mais em Renda Brasil até o final de seu mandato.

Waldery também colecionou opositores dentro do governo por congelar o projeto que prevê a liberação de R$ 6,3 bilhões. Desse total, R$ 3,3 bilhões seriam destinados a parlamentares e o restante repartido entre os Ministérios do Desenvolvimento Regional e o de Infraestrutura. O secretário está o texto estacionado na gaveta há pelo menos duas semanas, o que estaria levantando problemas com a base do governo federal no Congresso.

De acordo com o jornal “O Globo”, a equipe econômica busca arquitetar uma saída honrosa para Waldery, como uma posição em um organismo internacional.

Waldery Rodrigues amplia lista de baixas de Guedes

Caso a saída do secretária venha a se confirmar, Waldery Rodrigues ampliará ainda mais a lista de nomes ligados ao ministro da Economia que deixaram o governo do presidente Jair Bolsonaro.

No início do ano passado, o economista Joaquim Levy foi desligado do cargo de chefe do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por conta de não avançar na procura da chamada “caixa preta” da instituição estatal. Ainda em 2019, o secretário da Receita Federal Marcos Cintra deixou a cadeira depois de defender publicamente a adoção de um imposto sobre pagamentos, tal a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF).

Com a virada do ano e a pandemia do novo coronavírus, foi a vez do secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, pedir para pular fora da equipe econômica do governo. A saída do economista, no entanto, já era esperada desde o ano passado.

Ao lado de Mansueto, os secretários de Desburocratização e Gestão, Paulo Uebel, e de Desestatização, Salim Mattar, deixaram os cargos em julho. Assim como Waldery Rodrigues, os profissionais alegaram insatisfação com a resistência do governo em avançar nos projetos de suas áreas.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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Carlo Cauti

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