Votorantim S.A tem prejuízo de R$ 3,4 bilhões no 1T20

A Votorantim S.A, holding de empresas de diversos ramos como, por exemplo, o Banco Votorantim (financeiro) e a Votorantim Cimentos (materiais de construção), apresentou prejuízo líquido de R$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre de 2020. No mesmo período do ano passado, a empresa teve lucro de R$ 4,4 bilhões.

A queda nos resultados da empresa se deu, segundo a própria Votorantim, por conta, principalmente, da desvalorização do real, que fez com que os custos de serviços fossem maiores.

Além disso, os resultados do primeiro trimestre também foram influenciados negativamente por uma baixa contábil de US$ 485 milhões. De acordo com a Votorantim, isso aconteceu por conta da diminuição de expectativas de geração de caixa para a mina de zinco Cerro Pasco, da unidade Nexa Resources (sua controlada), no Peru.

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A dívida líquida da Votorantim avançou 60% na comparação ano a ano, para R$ 16,2 bilhões. O diretor financeiro da Votorantim, Sergio Malacrida, afirmou que o índice de endividamento da companhia deve diminuir até o final de 2020. Isso porque a desvalorização do real frente as outras moedas deverá favorecer a maior parte das vendas do Grupo Votorantim nos próximos trimestres.

A receita líquida da empresa no primeiro trimestre teve alta de 2% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 6,8 bilhões. As vendas de cimento foram importantes neste indicador.

“A companhia possui uma sólida posição de liquidez, reforçada por linhas de crédito rotativo disponíveis no valor de US$ 200 milhões. Suas controladas Votorantim Cimentos e Nexa também possuem linhas semelhantes, sendo a linha da VCSA no montante de US$ 500 milhões, e a linha da Nexa já utilizada, no montante de US$ 300 milhões. Essa posição proporciona à companhia condições para mitigar, ainda que não totalmente conhecidos, os impactos iniciais desse cenário adverso”, informou a empresa sobre o cenário atual.

A Votorantim informou, por fim, que as operações da empresa no Peru e na Argentina estão sendo retomadas. As atividades estavam paradas por conta da pandemia de coronavírus.

Juliano Passaro

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