Votação sobre plano de recuperação judicial da Odebrecht é adiada

A Odebrecht informou que os credores do grupo adiaram a votação do novo plano de recuperação judicial, apresentado nesta terça-feira (10), para o dia 19 de dezembro.

De acordo com um comunicado, a votação foi concluída com 20 das 21 subsidiárias a favor do adiamento. Os credores da Atvos Investimentos, uma das subsidiárias, ainda estão discutindo o assunto. A Odebrecht prevê que a nova proposta seja aprovada neste ano.

Novo plano de recuperação judical

O novo plano, cuja votação foi adiada, difere do anterior pois conta com valores e prazos de carência para o pagamento das dívidas aos credores.

Os recursos utilizados para o pagamento dos credores serão oriundos de dividendos recebidos das empresas do grupo. Além disso, a venda de ativos da companhia, como a Braskem, será uma das fontes para realizar os pagamentos.

“A companhia defende um plano consolidado, que será mais favorável a todos os credores. A opção individualizada é negativa aos credores”, afirmou o advogado que representa a companhia, Eduardo Munhoz.

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A empresa separou os credores em dois grupos: financeiros e não financeiros. O plano prevê pagamento de até R$ 150 mil em dinheiro e liberação de saldo excedente para os credores financeiros.

Os valores de dívida que maiores do que este montante deverão ser convertidos em títulos, como debêntures ou bonds. O prazo de pagamento será de 25 anos, com possibilidade de prorrogação por mais 25 anos.

O grupo de credores não financeiros receberá pagamentos de até R$ 3 milhões em dinheiro, que serão recebidos quando houver venda de ativos. As dívidas que ultrapassarem este montante também serão pagas em forma de debêntures ou bonds.

Odebrecht adia assembleia com credores

Na última quarta-feira (4), a Odebrecht adiou uma assembleia-geral com credores de 21 de suas subsidiária.

Saiba mais: Odebrecht adia assembleia-geral com credores da Braskem

O objetivo da empresa era que os bancos detentores da participação de 50,1% na Braskem se alinhem em um consenso. Além disso, a empreiteira quer ter acesso a 80% dos dividendos da petroquímica até a sua venda.

“Se os credores entenderem que será necessário mais uma semana, duas, prosseguiremos. O interesse da empresa é chegar a um plano sólido e que tenha consenso de todos”, informou o advogado da Odebrecht, Eduardo Munhoz.

Giovanna Oliveira

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