Vivo registra crescimento de 93,7% no lucro líquido de 2018

A Vivo (VIVT4), marca comercial da Telefônica Brasil, reportou lucro líquido de R$ 8,928 bilhões, com alta de 93,7% sobre 2017, quando o lucro líquido foi de R$ 4,609 bilhões.

A receita operacional líquida de serviços da Vivo foi de R$ 43,462 bilhões no acumulado do ano passado, subida de 0,6%.

Desse total, R$ 11,085 bilhões foram arrecadados apenas entre outubro e dezembro. Na comparação com o mesmo período de 2017, o aumento foi de 0,5%.

O EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization) recorrente ficou em R$ 15,559 bilhões no acumulado do ano, com alta anual de 6,1%. Ao passo que o EBITDA do quarto trimestre do ano passado fechou com avanço de 4,6% a R$ 4,126 bilhões

Por sua vez, a margem EBITDA recorrente foi de 37,2% no último trimestre de 2018, com alta de 1,5 p.p. No total do ano, a margem atingiu 35,8% com ascensão de 1,9 p.p.

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Destaques do balanço financeiro

O número total de assinantes da Vivo, marca comercial da Telefônica Brasil, diminuiu 2,4% em 2018 para 73,16 milhões. Apesar do aumento dos clientes no molde pós-pago, as categorias pré-pago e rede fixa tiveram baixas.

A expectativa é de que a recuperação da economia neste ano seja suficiente para dar fôlego à receita. Segundo o presidente-executivo da companhia, Christian Gebara, ao “Valor Econômico”,

Caso isso ocorra, as recargas feitas pelos clientes dos planos pré-pagos devem crescer. No terceiro trimestre de 2018, tal receita caiu 21,4%, enquanto no quarto trimestre a queda foi de 18,2%.

“Se houver sinais de melhora [da economia], [crescerá] a migração de clientes com [celulares da tecnologia] 3G para 4G e as [recargas] no segmento pré-pago também deverão aumentar”, afirmou Gebara.

O presidente-executivo ainda destacou que mesmo com a grande competitividade do mercado, há espaço para aumento racional nos preços dos serviços neste ano.

Confira abaixo as receitas de internet da Vivo:

  • serviço móvel: alta de apenas 0,2% para R$ 25,4 bilhões;
  • banda larga fixa: obteve um aumento de 13,7% para R$ 5,208 bilhões no ano.

A operadora chegou a 30 novas cidades com a fibra óptica até a residência do cliente (FTTH, na sigla em inglês).

Referente ao possível interesse de compra da Nextel, cujo controle foi colocado à venda pela NII Holdings, Gebara afirmou que o crescimento da Telefônica Brasil será prioritariamente orgânico. Desta forma, o foco estará na ampliação de redes 4G, 4,5G, e FTTH.

Ao ser questionado acerca da possibilidade da Oi, que está em recuperação judicial, colocar ativos à venda, o presidente-executivo da Vivo comentou ao “Valor Econômico” que “sempre analisa oportunidades de mercado”.

Amanda Gushiken

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