Varejo tem queda de quase 50% com surto de coronavírus

O faturamento nas vendas do varejo brasileiro caiu cerca de 50% ao longo das duas últimas semanas por conta dos impactos da pandemia do novo coronavírus (covid-19). A informação faz parte de uma pesquisa realizada pela Elo Performance e Insights.

O levantamento realizado pela Elo compara as vendas do varejo das últimas semanas de março com uma média diária de um período anterior, entre os dias 5 de janeiro a 22 de fevereiro. Neste segundo intervalo, ainda não havia nenhum caso de coronavírus no Brasil e a economia não enfrentava fortes impactos.

Os dados analisados são de vendas nos cartões de crédito e débito, que possuem a bandeira Elo, realizadas em lojas físicas de São Paulo e Rio de Janeiro, além de redes de e-commerce de todo o Brasil.

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Entre os setores avaliados, o de vestuários foi o mais afetado, com queda de 91%. Por outro lado, os supermercados foram menos afetados, com leve baixa de 1%. Confira o desempenho dos outros segmentos:

  • Estacionamentos (-90%);
  • Turismo (-83%);
  • Lojas de departamento (-71%);
  • Bares e restaurantes (-71%);
  • Varejos especializados, como cosméticos, autopeças, móveis, etc (65%);
  • Materiais de construção (-56%);
  • Postos de combustível (-43%);
  • Farmácias (-10%).

Vendas do varejo em cada segmento

Ao considerar somente as vendas com o cartão de débito, a queda no faturamento foi de 45%. O setor mais afetado foi também o de vestuário, com baixa de 93%. O segmento de supermercados se manteve estável.

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Por outro lado, ao avaliar o faturamento no cartão de crédito, o impacto foi ainda maior, de aproximadamente 49%. Neste caso, o segmento mais afetado foi o de estacionamentos, com baixa de 88%. O setor de supermercados segue como o menos impactado, porém, com uma queda de 7% nas vendas no crédito.

Além disso, mesmo no e-commerce o faturamento também caiu 35% nas últimas semanas de março. Nas vendas do varejo realizadas pela internet, os estacionamentos também lideraram as baixas, com -89%. Em contrapartida, os bares e restaurantes conseguiram apresentar bons resultados e tiveram aumento de 85% no faturamento.

Giovanna Oliveira

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