Vale (VALE3) pagará dividendos depois que pagar linha de crédito

A Vale (VALE3) informou ao mercado nessa quarta-feira (29) que pagará as reparações pelo rompimento da barragem em Brumadinho (MG) bem como os dividendos, após pagar a linha de crédito de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 26 bilhões), que adquiriu para fortalecer seu caixa durante o período de turbulências que o mercado enfrenta devido a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Embora o acordo com as autoridades do estado de Minas Gerais continue valendo, o diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, afirmou que a mineradora precisa ter segurança jurídica, bem como finalizar todas as ações e ter um teto de valores.

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Siani destacou que a linha de crédito foi sacada no intuito de proteger a empresa de uma “segunda onda de Covid-19 na China”.Já o presidente da multinacional, Eduardo Bartolomeo salientou que contrataram a linha de crédito como um seguro, já que enxergam uma incerteza em todo o mundo por causa da doença.

Ademais, Bartolomeu também indicou que o acordo com as autoridades sobre o ocorrido em Brumadinho, não é um fator determinante para pagar dividendos.

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Siani informou durante uma teleconferência com analistas sobre os resultados da companhia no primeiro trimestre do ano: “temos perfeitas condições de fazer frente às reparações e pagar dividendos uma vez paguemos a linha de crédito que foi agora tomada. Do ponto de vista financeiro, uma vez superadas as incertezas da pandemia, a companhia está pronta para pagar dividendos”.

Vale reduz plano de investimento de 2020

A mineradora informou ao mercado na última terça-feira (28) que vai reduzir seu plano de investimento para 2020 em US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões).

Dessa forma, o investimento previsto para este ano é de US$ 4,6 bilhões. No início do ano a mineradora havia informado uma previsão de US$ 5 bilhões. E, no total do ano de 2019 foram investidos US$ 3,7 bilhões.

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Além disso, a Vale prevê a redução de custos de frete unitário no segundo trimestre desse ano, de pelo menos US$ 3 por tonelada comparado com primeiro trimestre e o custo caixa unitário do negócio do Minério de Ferro abaixo de US$ 14 por tonelada no segundo semestre.

Laura Moutinho

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