Vale (VALE3) pode pagar aproximadamente US$ 5 bi em dividendos, diz Safra

De acordo com um relatório feito pelo Banco Safra e enviado aos seus clientes, o rendimento em dividendos com as ações da Vale (VALE3) poderá ser de 8,5% quando voltarem a ser pagos. A distribuição do pagamento dos proventos poderá chegar a U$ 5 bilhões em 2020, estimam os analistas da instituição. As informações são do jornal “Money Times” e foram publicadas na noite do último domingo (19).

Os analistas do Safra, Conrado Vegner e Victor Chen, aumentaram o preço-alvo para as ações da Vale. O valor passou a ser de R$ 74,40. Isso demonstra uma possível valorização de cerca de 24% para os papéis.

“Mantemos nossa recomendação de compra, pois esperamos uma tendência de produção favorável no segundo semestre de 2020, que deve compensar a queda esperada nos preços do minério de ferro e a retomada do pagamento de dividendos antes do final do ano”, afirmaram Vegner e Chen.

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De acordo com os analistas do Safra, os papéis da mineradora brasileira estão sendo negociados com um desconto de quase 30% em relação as mineradoras australianas.

Projeções atuais indicam que a tonelada do minério de ferro terá seu preço diminuído, de US$ 80 para US$ 75. A expectativa para a produção também diminuiu, saindo de 380 milhões de toneladas e passando para 350 milhões de toneladas no ano que vem.

Decisão sobre retomada de dividendos da Vale

A Vale informou, na última quinta-feira (16), que ainda não tomou uma decisão em relação a retomada do pagamento de dividendos.

“A Vale S.A, em consideração à matéria veiculada no jornal Valor Econômico, nesta data, intitulada ‘Conselho da Vale vai discutir dividendo’, esclarece que assuntos financeiros e sobre alocação de capital são constantemente discutidos nos órgãos de governança da Companhia e que, até o momento, não há deliberação sobre a retomada da Política de Remuneração aos Acionistas”, informou a empresa.

A suspensão do pagamento de dividendos da Vale foi feita em janeiro de 2019, depois da tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais.

Juliano Passaro

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