Vale (VALE3) não reverte decisão e deve apresentar R$ 7,9 bi por Brumadinho

A Vale (VALE3) informou, na manhã desta quarta-feira (15), que teve seu pedido de efeito suspensivo indeferido, e que, portanto, deverá apresentar garantias de aproximadamente R$ 7,9 bilhões sobre o acidente de Brumadinho, em Minas Gerais.

Segundo o comunicado ao mercado, as garantias do valor devem ser apresentadas até o dia 23 de julho, “com o fim de garantir eventual aplicação de sanção de multa ou perdimento de bens, direitos e valores”.

A companhia ressaltou que irá recorrer da decisão do Desembargador Leite Praça, adotando todas as medidas necessárias “para assegurar seu direito de defesa dentro dos prazos legais”.

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Em maio, a 1ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude, da Comarca de Brumadinho, deferiu, parcialmente, uma liminar do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) para que a mineradora apresentasse tais garantias.

Segundo o entendimento do MPMG, a Vale teria dificultado atividades de fiscalização de órgãos públicos no complexo, por meio de atitudes de seus funcionários. A companhia, então, recorreu.

À época, a Vale comunicou que “permanece firme em seu compromisso de reparar os danos causados pelo rompimento da barragem da Mina de Córrego do Feijão, sendo este seu principal foco de atuação em Brumadinho”.

Ademais, a mineradora informou que permanecerá contribuindo com as investigações e apresentaria sua defesa “de forma tempestiva, após citada, oportunidade em que terá acesso aos autos e documentos juntados pelo MPMG”.

Vale lucra US$ 239 milhões no primeiro trimestre

A Vale divulgou seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2020 no dia 28 de abril. A empresa apresentou um lucro líquido de US$ 239 milhões no trimestre encerrado em março, revertendo o prejuízo de US$ 1,642 bilhão do mesmo período de 2019.

Em relação ao último trimestre do ano passado, a empresa também registrou ganhos, já que, entre outubro e dezembro, a mineradora teve perda de US$ 1,562 bilhão.

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Em nota, a Vale explicou que o avanço de US$ 1,801 bilhão no resultado teve influência, principalmente, “do reconhecimento de despesas one-off no quarto trimestre de 2019, tais como os impairments em ativos de níquel e carvão (US$ 4,202 bilhões) e provisões relacionadas a Brumadinho (US$ 898 milhões)”.

Jader Lazarini

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