Grana na conta

Vale (VALE3): BNDES confirma intenção de vender debêntures da empresa

O BNDESPar confirmou, na manhã desta sexta-feira (11), que seu controlador integral, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), estuda vender debêntures da Vale (VALE3) no mercado secundário, realizando um desinvetimento na empresa. A informação foi revelada por meio de um comunicado ao mercado.

A nota do braço de investimentos do BNDES vem à tona em resposta à reportagem da revista “Veja”, a qual havia dito, na última quinta-feira (10), que o banco público havia iniciado o roadshow para alienar os papéis de crédito privado da Vale que estavam sob sua posse. Dessa forma, o BNDESPar confirmou que contratou o Bradesco BBI para coordenar a oferta. Citibank, J.P. Morgan e Itaú BBA também fazem parte da operação.

Podem ser vendidas até 214.329.063 debêntures participativas da mineradora, das quais 141.727.784 são detidas pela União, e o restante pelas instituições estatais. O valor esperado fica em torno de R$ 2,5 bilhões.

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Debêntures eram um ‘aditivo’ à privatização da Vale

Segundo informou a “Veja”, as debêntures tratam-se de notas de crédito especiais que preveem o desenvolvimento conjunto de determinadas jazidas minerais inexploradas, e a participação proporcional em quaisquer benefícios financeiros obtidos a partir do desenvolvimento desses recursos.

Os papéis foram vendidos ao BNDES na década de 1990, sobretudo como forma do governo se proteger de uma má venda da Vale após sua privatização, em 1997. Caso as jazidas, que concentram-se na região Norte do Brasil, mostrassem-se produtivas, o governo poderia extrair um pouco mais de valor da transação realizada no mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso.

O BNDESPar, no entanto, ressaltou no comunicado que a realização da potencial transação ainda se encontra em estudos para detalhar seus termos e condições, incluindo a quantidade de debêntures da Vale objeto da transação e o seu cronograma, e “depende de deliberações dos órgãos societários do BNDES e da BNDESPar, assim como das condições de mercado existentes no momento do lançamento”.

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Jader Lazarini

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