Vale: Justiça determina auxílio emergencial a moradores em Ouro Preto

A Vale (VALE3) comunicou ao mercado, na noite da última terça-feira (14), que o Ministério Público de Minas Gerais determinou o bloqueio de R$ 50 milhões da empresa. O intuito da Justiça é garantir o ressarcimento de moradores por conta da remoção dessas pessoas que moram próximo a Barragem Doutor, da Mina Timbopeba, localizada em Ouro Preto.

A Barragem Doutor, que pertence a Vale, possui áreas próximas que são passíveis de alagamento. Além disso, a Justiça e a mineradora também trabalham com a hipótese de rompimento da barragem. Por isso, a Justiça determinou que a Vale inicie o pagamento em 30 dias, começando da remoção, de prestação mensal emergencial.

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A determinação do MP de Minas é que seja pago um salário mínimo a adultos, meio salário mínimo aos adolescentes e um quarto de salário mínimo às crianças. Essas regras se aplicam a qualquer pessoa que for removida de sua residência devido a alguma ação da Vale no local.

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Em comunicado, a mineradora estimou que 229 pessoas passarão a receber o auxílio emergencial. “A remoção da população residente na Zona de Auto Salvamento foi iniciada em 16 de fevereiro de 2020 pela Vale, em conjunto com a Defesa Civil Municipal, de forma gradativa e programada, em função do início do processo de descaracterização da barragem de Doutor. A Vale informa que adotará as medidas necessárias para assegurar seu direito de defesa dentro dos prazos legais”, informa a Vale.

Vale ajuda no combate ao coronavírus

A Vale entregou ao Governo Federal, no último domingo (12), o primeiro lote de máscaras N95 que chegaram da China. Foram 286 mil unidades doadas, de um total de 2,54 milhões de itens.

De acordo com a mineradora, o modelo N95 de máscaras é o mais indicado para médicos e enfermeiros que trabalham diariamente em ambientes infectados pelo coronavírus (Covid-19).

Além das máscaras, a Vale também adquiriu 216 mil luvas, 450,1 mil aventais, 3,16 milhões de máscaras cirúrgicas descartáveis e 2250 óculos de proteção, chegando a um total de cerca de 4,1 milhões de equipamentos de proteção individual (EPI).

Juliano Passaro

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