Vacina da Novavax avança para terceira fase de testes

A farmacêutica Novavax informou, na noite da última quinta-feira (24), que os testes para sua vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) entraram na terceira e última fase. O processo está sendo realizado com 10 mil pessoas no Reino Unido, onde recentemente foi observado um aumento nos casos da pandemia.

A companhia, sediada em Gaithersburg, nos Estados Unidos, informou que a principal análise desta fase se concentrará em rastrear se os adultos que receberam a vacina de duas doses apresentam uma taxa mais baixa de sintomas da doença em relação aos participantes do estudo que recebem placebo.

Segundo o presidente de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Novavax, Gregory Glenn, a companhia pretende testar sua vacina, também no âmbito da fase 3, em até 30 mil pessoas nos Estados Unidos. Esse processo pode ser iniciado no mês que vem.

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O acordo com o Reino Unido vem à tona logo após a farmacêutica informar que, em um pequeno estudo em estágio inicial de voluntários saudáveis, seu medicamento experimental trouxe respostas imunológicas promissoras e foi, em sua maioria, bem tolerado.

Nesta terceira etapa dos testes, pesquisadores avaliarão a eficácia da vacina depois que determinado volume de pessoas no estudo britânico contraírem a Covid-19. Esse número poderá ser atingido mais cedo em função do recente aumento nos casos do coronavírus no país, demonstrando que as taxas de transmissão continuam altas, afirmou Glenn.

Brasil adere ao Covax Facility, programa global de acesso à vacina

O governo editou, na última quinta-feira (24), uma Medida Provisória (MP) que libera R$ 2,5 bilhões para que o Brasil possa aderir ao Covax Facility, programa internacional de acesso ao desenvolvimento de vacinas que combatam o coronavírus.

O programa é liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No início deste mês, em reunião do Conselho de Governança do Access to Covid-19 Tools (ACT), grupo que reúne diversos países com o objetivo de acelerar o fim da pandemia, Eduardo Pazuello, minitro da Saúde, disse que caso optasse pela adesão, “o Brasil poderá ser o maior contribuinte. Gostaria de concluir colocando à disposição de todos a robusta capacidade de produção de vacina e experiência do Brasil em oferecer acesso universal a serviços de saúde, incluindo vacinação a toda a população brasileira”.

Em nota, o Palácio do Planalto disse que a entrada no programa “não impede que o país realize posteriormente acordos bilaterais com outras empresas biofarmacêuticas produtoras de vacinas contra a Covid-19 que não estejam contempladas pela iniciativa global”.

O governo aposta no imunizante que tem sido desenvolvido pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu um aporte de R$ 2 bilhões para receber, processar, distribuir e iniciar a fabricação da vacina. O objetivo é que as primeiras 15 milhões de doses sejam aplicadas em janeiro do ano que vem no Brasil, ao passo que outras 85 milhões de doses sejam distribuídas ao longo de 2021.

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Jader Lazarini

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