Com vacina e R$ 1,7 bilhão em debêntures, ações da Azul (AZUL4) disparam 13%

Os papéis da Azul (AZUL4) decolaram no pregão desta segunda-feira (9). Por volta das 12h25, as ações da companhia aérea brasileira apresentavam uma alta de 13%, negociadas a R$ 29,25 na B3. Os investidores estão animados com o avanço da vacina da Pfizer e BioNTech, além da finalização do bookbuilding da oferta de debêntures da companhia.

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As farmacêuticas informaram, nesta segunda-feira, que uma vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) dentre as que estão sendo testadas é capaz de prevenir a doença em mais de 90% dos pacientes sem evidência de infecção prévia. Neste ano, a Azul tem sido formente impactada pela pandemia em função das medidas de restrição implementadas em todo o mundo.

Segundo as fabricantes, nenhum problema de segurança na vacina foi sinalizado até o momento. Com base em projeções, as empresas declararam, em comunicado, que pretendem fornecer 50 milhões de doses no mundo em 2020 e até 1,3 bilhão em 2021.

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A Pfizer e BioNTech planejam solicitar, até o final deste mês, uma aprovação emergencial para uso da vacina. A expectativa é que a vacina ajude os países a reduzir as medidas de restrição de circulação em vigor.

Também nesta segunda-feira, o governador de São Paulo, João Doria, disse que as primeiras doses do Coronavac, vacina que está sendo desenvolvida junto ao laboratório chinês Sinovac, chegarão ao Brasil em 20 de novembro. Segundo ele, seis milhões de doses do medicamento estarão disponíveis no estado até dezembro.

 

Azul captará com debêntures mais do que o esperado

A Azul anunciou antes da abertura do mercado que a emissão de debêntures conversíveis em ações preferenciais somará R$ 1,745 bilhão, com emissão de 1.745.900 debêntures. A operação foi comunicada em 26 de outubro deste ano. O estimado para a operação, no entanto, era movimentar R$ 1,6 bilhão.

O preço de conversão será de R$ 32,26 por ação preferencial, resultando no prêmio de 27,50% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (6), quando o processo de bookbuilding foi encerrado.

De acordo com o comunicado da companhia aérea, os recursos líquido obtidos pela emissão serão utilizados para capital de giro, expansão de atividade de logística e outras oportunidades estratégicas. As debêntures poderão ser convertidas em papéis a qualquer tempo, até o quarto dia útil anterior à data de vencimento ou até o quarto dia útil anterior a uma data de resgate antecipado, através da B3.

Em relatório divulgado nesta manhã, o Goldman Sachs reiterou a recomendação de compra das ações da empresa aérea, “pois continua a ver a empresa bem posicionada” para uma demanda em recuperação, além de ganhos potenciais de mercado.

O banco enxerga a emissão de debêntures como um colchão caso as condições de mercado se deteriorem, uma vez que a Azul já possui liquidez suficiente para arcar com os compromissos de curto prazo, “compensando assim o aspecto negativo da diluição caso as debêntures sejam convertidas em patrimônio líquido no futuro”.

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Jader Lazarini

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