Urban Outfitters lança serviço para aluguel de roupas e ação cai 9%

A Urban Outfitters, empresa varejista de moda norte-americana, apresentava queda na cotação das ações. A baixa ocorre após o lançamento do serviço de aluguel mensal de roupas, o “Nuuly”.

Por volta das 15h01 (horário de Brasília), as ações da Urban Outfitters caíam 9,26% a US$ 24,50. Os papeis da varejista são listados na bolsa de tecnologia dos Estados Unidos da América (EUA), a Nasdaq.

Com a cobrança mensal de US$ 88 dólares, o serviço Nuuly da Urban Outfitters permitirá aos clientes que aluguem até seis peças de roupa.

Além das próprias marcas da companhia, as roupas também serão de parceiras como a Gal Meets Glam e Reebok. As informações são da revista “Exame”.

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Os itens deverão ser escolhidos no site, e devolvidos pelos clientes após um mês de uso. A empresa será encarregada da lavagem e inspeção das peças, antes que as mesmas voltem à disposição.

A “Nuuly” será uma frente liderada por David Hayne, filho do fundador e presidente da Urban Outfitters, Richard Hayne.

Os idealizadores do projeto possuem meta de chegar a 50 mil assinantes, e R$ 50 milhões de faturamento anual. Isto já no primeiro ano de operação da Nuuly.

Mercado

De acordo com estimativa da consultoria GlobalData Retail, publicada pelo jornal “Wall Street Journal”, o mercado de aluguel de roupas faturou US$ 1 bilhão no ano passado, e deve chegar 2,5 bilhões em 2023.

Tal faturamento é provindo, principalmente, do aluguel de peças de vestuário para ocasiões especiais, como formaturas e casamentos. 

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Tendência de consumo: Urban Outfitters e as empresas de fast-fashion

O site de negócios norte-americano, Business Insider, observa que o varejo de moda está decaindo. Nos últimos anos, grandes redes de varejo dedicaram seus esforços para criar cadeias de “fast-fashion“.

As empresas fast-fashion são descritas por possuírem diversas lojas com renovações constantes da coleção. Além disso, a qualidade é inferior nas roupas, que promove os menores custos de produção e venda, para que os consumidores voltem com frequência às lojas.

A estratégia fez sucesso com empresas como a espanhola Zara, a sueca H&M e a norte-americana Forever 21. No Brasil, a Renner, a Riachuelo e a C&A lideraram este mercado.

Contudo, a estratégia fast-fashion bate de frente com a produção sustentável e a preservação do meio ambiente, dentre outras questões relacionadas ao ecossistema global.

Além disso, diversos negócios mundo afora estimulam a compra de roupas usadas, como a startup brasileira Enjoei.

A Urban Outfitters, que também faz parte da oferta fast-fashion, agora apresenta uma alternativa à compra de seus produtos.

Amanda Gushiken

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