Unilever cancela propagandas nas redes sociais por causarem polarização

A Unilever (NYSE: UL) anunciou nesta sexta-feira (26) que pausará a divulgação de propagandas da empresa no Facebook (NASDAQ: FB) e Twitter (NASDAQ: TWTR) nos EUA até, pelo menos, o final de 2020. A gigante norte-americana citou o discurso de ódio nas plataformas como a principal razão para sua decisão.

A Unilever, dona de marcas como Dove, maionese Hellmann e chá Lipton, se junta a uma lista crescente de empresas estadunidenses que estão boicotando o Facebook, incluindo uma das maiores companhias telefônicas do EUA, a Verizon (NYSE: VZ), e as empresas de vestuário esportivo Patagonia e North Face.

“Com base na polarização social atual e nas eleições que estamos realizando nos EUA, é preciso que haja muito mais fiscalização na área do discurso de ódio”, disse Luis Di Como, vice-presidente executivo de mídia global da Unilever, em entrevista.

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Além do Facebook, a Unilever também estenderá o cancelamento de propagandas ao Instagram. “Continuar anunciando nessas plataformas no momento não agregaria valor às pessoas e à sociedade”, afirmou a empresa em um comunicado.

A Unilever e outras empresas se uniram contra o discurso de ódio

O boicote à publicidade no Facebook ocorreu depois que alguns grupos de direito-civil nos Estados Unidos pediram às marcas que deixassem de gastar com publicidade na rede social durante o mês de julho. Segundo ativistas do direito-civil estadunidense, o Facebook não impôs suficientemente suas políticas contra o discurso de ódio e a “desinformação”.

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“Reconhecemos os esforços de nossos parceiros, mas há muito mais a ser feito, especialmente nas áreas de divisão social e discurso de ódio durante este período de eleições polarizadas nos EUA”, disse a Unilever no comunicado. “As complexidades do cenário cultural atual colocaram uma maior responsabilidade nas marcas para aprender, responder e agir impulsionando um ecossistema digital confiável e seguro”.

Daniel Guimarães

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