UE espera ‘compromisso claro’ do Mercosul quanto a sustentabilidade

O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, afirmou nesta segunda-feira (21) que a União Europeia (UE) espera “um compromisso claro” do Mercosul para garantir que o bloco sul-americano respeitará a seção de “desenvolvimento sustentável” do acordo comercial, que ainda não foi ratificado.

“Um certo número de Estados membros e partes interessadas destacam questões sobre desenvolvimento sustentável nos países do Mercosul, a adesão ao Acordo de Paris e o desmatamento, especialmente no Brasil”, salientou Valdis Dombrovskis, depois de reunião com ministro do Comércio da UE.

“Devemos levar essas questões a sério e a Comissão Europeia busca um compromisso claro dos países do Mercosul”, acrescentou o vice-presidente da instituição.

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O ministro da Economia da Alemanha, Peter Altmaier, sinalizou que tinha desacordos sobre o assunto em uma discussão informal entre os países membros no último domingo (20), porém acrescentou que “estavam claramente dispostos a evitar qualquer divisão sobre o Mercosul e a discutir o que podemos fazer, preenchendo as lacunas, sem antecipar nem apressar as coisas”.

Acordo Mercosul-UE está paralisado desde 2019

O acordo comercial de livre comércio entre os países do Mercosul e da União Europeia foi concluído no ano passado, depois de 20 anos de negociações, no entanto ainda não foi assinado assinado e continua paralisado.

Os parlamentos austríaco e holandês, que devem ratificar o acordo assim como todos os parlamentos do bloco europeu, rechaçaram o texto em sua forma atual. Ao mesmo tempo, países como Bélgica, Irlanda, Luxemburgo e França permanecem receosos. Além disso, a Alemanha, nação que atualmente ocupa a presidência rotativa da UE e antes grande defensora do pacto, mudou de posição nos últimos meses.

As preocupações se devem às consequências do acordo com o Mercosul para os agricultores europeus, mas principalmente devido aos riscos que representa para o meio ambiente, especialmente o desmatamento da Amazônia, favorecido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

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Arthur Guimarães

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