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UE suspende análise do contrato entre Embraer e Boeing

Membros da Comissão Europeia suspenderam, nesta segunda-feira (11), a revisão do contrato sobre o investimento da Boeing na Embraer, dizendo que não possuem informações suficientes das fabricantes de aviões para dar continuidade a avaliação do negócio.

A Comissão Europeia afirmou que o acordo pode fazer com que a Embraer não seja a terceira maior concorrente global da Boeing e da Airbus, o que “pode resultar em preços mais altos e menos opções”. Sendo assim, haveria uma queda na competição da área no mercado.

A comissão ainda afirmou que “parou o relógio” e que uma análise só voltará a ser feita após as empresas enviarem respostas necessárias sobre o acordo. “As partes devem fornecer as informações necessárias para a investigação em tempo hábil”, disse uma porta-voz do órgão regulador.

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O investimento tem como objetivo aumentar o alcance da Boeing no mercado de jatos regionais e, consequentemente, dar mais força a Embraer para competirem, juntas, contra a Airbus, que assumiu o controle da aeronave C Series da Bombardier no ano passado.

Embraer e acordos de suporte com empresas da África e Europa

A Embraer anunciou, durante o evento MRO Europa, realizado em meados de outubro, que fechou novos contratos de manutenção com operadoras da África e da Europa, o que irá garantir uma operação mais aprimorada, já que terá acesso ao suporte de última geração por intermédio da TechCare.

Veja também: Embraer irá suspender fabricação no Brasil por 14 dias em janeiro

As operadoras que fizeram negócio com a Embraer também serão beneficiadas por conta da diminuição de custos de reparo, e a falta de necessidade de um espaço maior para o armazenamento de materiais em  estoque. Sendo assim, o nível de desempenho das operadoras deve aumentar.

A Embraer possui o programa Pool de suporte, que oferece 100% de manutenção de componentes e peças, além de acesso ilimitado ao estoque dos centros de distribuição da empresa.

Juliano Passaro

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