Lei que poderá prejudicar Uber é aprovada na Califórnia

O projeto de lei que pode prejudicar o futuro dos aplicativos de transporte de passageiros, como a Uber, foi aprovado pelo Senado do Estado da Califórnia, EUA, na última terça-feira (10).

É necessário ainda que a medida passe por um segundo turno de votação na Assembleia, para que em seguida o governador do estado aprove a lei. A proposta exige que a Uber, a Lyft e outros aplicativos do mesmo segmento registrem seus motoristas como funcionários e os garantam todos os direitos trabalhistas previsto por lei.

Apesar do processo de regulamentação para que a lei seja aprovada, o jornal “The New York Times” e a imprensa americana, tem tratado como certo a aprovação do projeto.

Segundo a proposta:

  • os motoristas receberiam US$ 21 (R$ 87,85) por hora trabalhada;
  • benefícios pagos pela empresa, como plano de saúde;
  • espécie de sindicato, para que os trabalhadores possam negociar com a empresa.

Uber registra seu maior prejuízo

A Uber (UBER) divulgou seu balanço do segundo trimestre de 2019. A empresa de transporte por aplicativo registrou o maior prejuízo de sua história para o período abril – junho, com uma perda de US$ 5,23 bilhões (cerca de R$ 20,39 bilhões).

Nesse resultado negativo da Uber estão inclusos os custos de compensação financeira da abertura de capital. Despesas que somaram US$ 3,9 bilhões. Essa é a segunda vez que o aplicativo divulga seu balanço desde a abertura de seu capital em maio deste ano. A empresa está cotada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

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No mesmo período em 2018, o prejuízo havia sido de US$ 878 milhões, sem os custos de compensação o valor perdido foi de US$ 656 milhões. O ritmo de crescimento também é o menor desde que o aplicativo começou a publicar seus balanços.

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O aumento da concorrência no mercado latino-americano de transporte urbano é considerado um dos maiores motivos do encolhimento do faturamento, que fechou o trimestre em US$ 547 milhões.

De acordo com a Uber, seu negócio poderia “ser adversamente afetado caso os motoristas fossem classificados como empregados, em vez de trabalhadores autônomos”.

Poliana Santos

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