Trump ordenará que processadoras de carne permaneçam abertas durante a pandemia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá assinar um decreto ainda nesta terça-feira (28) para determinar que as fábricas de processamento de carne permaneçam abertas durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). As informações foram divulgadas pelo jornal “Wall Street Journal”.

O presidente utilizaria uma lei criada no século passada para manter as instalações abertas. Além disso, segundo o jornal, Trump deverá determinar medidas de melhoria dos funcionários nas plantas.

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Em um encontro com o governador da Flórida, Ron De Sanctis, nesta terça-feira, o mandatário disse que resolveria os “problemas de responsabilidade” no fornecimento de alimentos para o estado e para o país. Trump, no entanto, não forneceu mais detalhes.

A ‘Lei de Defesa da Produção’ (em tradução livre) permite ao poder executivo em controlar a produção e distribuição de produtos e suprimentos essenciais em situações críticas.

As fábricas de processamento de carne se tornaram grandes centros de contaminação do coronavírus, cortando a produção de frango, e de carne bovina e suína. Os casos confirmados do coronavírus nas fábricas levantaram preocupação com o suprimento de alimentos no país.

Segundo o “Wall Street Journal”, é estimado que 25% das fábricas de processamento de carne suína dos EUA estão fechadas nesta semana, enquanto 10% das plantas de carne bovina estão paralisadas.

As fábricas de companhias como Tyson Foods, Smithfield e JBS USA (JBSS3) registraram centenas de casos do coronavírus. Isso fez com que autoridades de saúde pressionaram as empresas a não medirem esforços para impedir uma maior disseminação do vírus pelas comunidades em que atingem.

Os executivos destas companhias, majoritariamente, informam que estão tomando medidas para proteger os trabalhadores, como proporcionar máscaras e instalar escudos de plástico entre os postos de operação na linha de processamento. Eles salientam, no entanto, que é de extrema importância que as plantas continuem funcionando enquanto os consumidores locais “estão limpando as prateleiras dos supermercados”.

“Como as plantas suína, bovina e de frango estão sendo forçadas a fecharem, mesmo por curtos períodos, milhões de quilos de carne desaparecerão da cadeia de suprimentos, que é vulnerável”, disse o CEO da Tyson Foods, em nota, na última segunda-feira (27).

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Há pouco menos de duas semanas, a JBS havia anunciado que fecharia sua planta de Greeley, no estado do Colorado. A planta processadora de carne bovina, no entanto, foi aberta na última sexta-feira (24), conforme o anúncio da companhia.

Após o fechamento voluntário da unidade, “tomamos medidas proativas para complementar nossos esforços de prevenção à covid-19 existentes e continuamos fornecendo um ambiente de trabalho seguro”, informou Chris Gaddis, chefe de recursos humanos da JBS USA.

Entretanto, enquanto Trump não assinar o decreto, a planta de Green Bay, no estado de Wisconsin, da empresa brasileira permanecerá fechada. A fábrica que empresa mais de mil funcionários foi paralisada no final da última semana em prol da contenção do coronavírus.

Jader Lazarini

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