Trump anuncia rompimento das relações com a OMS

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou nesta quinta-feira (29) que está encerrando as relações com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O republicano afirmou, em coletiva de imprensa em frente à Casa Branca, que irá realocar o financiamento à instituição internacional para outras iniciativas. Trump, no entanto, preferiu não dar mais detalhes sobre o rompimento com a OMS.

O presidente norte-americano criticou a maneira com a Organização administrou a pandemia do novo coronavírus (covid-19), bem como o papel da China na instituição. O governo chinês foi acusado de estar à frente das decisões na OMS, mesmo embora Pequim apresente um papel menor de financiamento.

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O chefe do Executivo estadunidense falou sobre as lei de segurança imposta sobre a província de Hong Kong, aprovada pelo governo chinês. A medida resultará no encerramento do tratamento especial oferecido pelo americanos à território considerado autônomo. Nesse sentido, Trump também apontou que os Estados Unidos irão estabelecer sanções aos políticos de Hong Kong, que permitiram a mitigação da autonomia da região.

Saiba mais: China aprova nova lei de segurança sobre Hong Kong e confronta Trump

O secretário de Estado, Mike Pompeo, anunciou, mais cedo nessa semana, a retirada do status especial da Hong Kong, dado pelos Estados Unidos em 1997. O tratamento foi oferecido após a província, antes colônia britânica, passar a ser parcialmente controlada pelo governo chinês.

Para o presidente norte-americano, o novo movimento da China para aumentar o controle sobre o território “deixa claro que Hong Kong não é mais autônoma o suficiente para receber o tratamento especial que demos ao território”.

Trump aumenta tensões entre EUA e China

A disputa entre as duas maiores potências econômicas do mundo escalou nas últimas semanas, após declarações do republicano sobre a gestão da crise do novo coronavírus pela China, primeiro epicentro da pandemia.

Trump defendeu que o governo chinês havia subnotificado e abafado informações do surto que se iniciou na província de Wuhan. O presidente dos Estados Unidos chegou a alegar também a China haveria criado o novo vírus em laboratório.

As tensões cresceram ainda mais quando a China anunciou que tinha a intenção de impor a nova de lei de segurança nacional para Hong Kong. A região semi-autônoma tem sido alvo de protestos pró-democracia desde do ano passado e vem sendo reprimida pelo governo chinês.

As declarações do presidente norte-americano acontecem após os Estados Unidos, atual epicentro da pandemia, ultrapassarem a marca de 100 mil óbitos pela covid-19. O país é o primeiro a atingir esse patamar. Trump, em contrapartida, vem pedindo a reabertura da economia norte-americana.

Arthur Guimarães

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