Trump diz que pode prorrogar prazo para acordo comercial com a China

O presidente norte-americano, Donald Trump, informou na terça-feira (12) que o prazo para fechar um acordo comercial com a China poderá ser prorrogado.

A data de vencimento da trégua de 90 dias estabelecida por Donald Trump e Xi Jinping, presidente chinês, encerrará em 1º de março.

Apesar da possibilidade de prorrogação, Trump afirmou que prefere não estender o prazo para o acordo comercial. O presidente dos EUA almeja encontrar-se com Xi Jinping, e selar o pacto presencialmente.

Saiba mais – Representante comercial dos EUA chega à China para negociações

3ª rodada de negociações

A nova rodada de negociações para o acordo da guerra comercial deve ter início hoje em Pequim. Participarão das discussões:

  • Robert Lighthizer, representante de Comércio dos Estados Unidos da América (EUA);
  • Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA;
  • Liu He, vice-primeiro-ministro chinês.

Com a chegada do fim da trégua sem acordo estabelecido, crescem as chances dos EUA aumentarem a taxa dos US$ 200 bilhões de importações chinesas. A taxa será alterada de 10% a 25%.

Por sua vez, a China provavelmente reagiria elevando tarifas sobre US$ 60 bilhões de dólares em bens americanos, o que anunciou no ano passado como uma retaliação.

A terceira rodada de negociações deve ter fim na quarta-feira (13). As outras duas rodadas presenciais, desde a trégua, ocorreram em janeiro, entre 7 e 9, e entre 30 e 31.

Saiba mais – Acordo comercial acontecerá se Pequim abrir seus mercados, diz Trump 

Guerra Comercial

Em 2015, a China lançou o plano “Made in China 2025”, com o intuito de transformar o país em um líder mundial em setores futuros, como:

  • aeronáutica;
  • robótica;
  • telecomunicações;
  • inteligência artificial
  • e veículos de energia limpa.

Em paralelo, o presidente dos EUA, Donald Trump, se mostrou várias vezes favorável ao avanço da economia chinesa prosperando. Contudo, não em detrimento das empresas americanas.

Washington deseja acabar com práticas comerciais que considera “injustas”. Dentre elas estão:

  • a transferência de tecnologia imposta a empresas estrangeiras na China;
  • o roubo de propriedade intelectual dos EUA;
  • e os subsídios concedidos a empresas estatais chinesas.

Para “incentivar” Pequim a corrigir tais “injustiças” do comércio, o governo de Donald Trump impôs novas tarifas de US$ 250 bilhões em produtos chineses. Por sua vez, a China aplicou tarifas adicionais a US$ 110 bilhões em produtos norte-americanos.

Amanda Gushiken

Compartilhe sua opinião