TJ mantém assembleia da Oi (OIBR4) no dia 8, mas reunião será virtual

A desembargadora Monica Maria Costa Di Pietro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu nessa sexta-feira (21) manter a assembleia de credores da operadora Oi (OIBR3; OIBR4) para o dia 8 de setembro e determinou que seja realizada virtualmente e não mais presencialmente.

Na assembléia será decidido sobre o aditamento ao plano de recuperação judicial da Oi, que está em curso desde 2016.

A decisão do Tribunal de Justiça vem logo após os bancos Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú Unibanco (ITUB4) entrarem com recursos na tentativa de suspender a assembleia de credores da tele brasileira. A razão pela suspensão apresentada pelas instituições é o risco de contaminação por coronavírus (Covid-19) e em respeito às medidas de distanciamento social.

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O evento estava previsto para acontecer presencialmente no Centro de Convenções SulAmérica, localizado no Rio de Janeiro com início às 11h, ao passo que o credenciamento se iniciaria às 8h30.

O Bradesco BBI, por sua vez, declarou que a decisão dessa sexta-feira é positiva. O banco destacou que “em primeiro lugar, remove o risco de cancelamento da assembleia de credores. Em segundo lugar, agora ela terá que acontecer online, o que esperamos que facilite a presença de credores anteriormente indispostos a comparecer, consequentemente aumentando a probabilidade de os credores aprovarem o plano”.

Oi pode se tornar insustentável “se nada mudar”

Segundo o CEO da Oi, Rodrigo Modesto de Abreu, a tele brasileira pode perder a capacidade de investimento e se tornar insustentável no longo prazo “se nada mudar”. A companhia espera que sua proposta de adiamento do plano de recuperação judicial, em curso desde 2016, seja aprovado pela assembleia geral de credores. As informações foram reveladas em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, publicada nesta no início desse semana.

Caso os credores da operadora aprovem o adiamento no encontro do dia 8 de setembro, a companhia poderá amortizar dívidas e garantir os investimentos futuros, essenciais para a continuidade da empresa.

Alguns dos pontos levantados pela Oi em sua proposta estão a antecipação de pagamentos aos credores, o adiamento de distribuição de dividendos aos acionistas e flexibiliza os descontos nas dívidas. O plano também estima um corte de 50% na dívida de R$ 12 bilhões que a empresa possui junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

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Laura Moutinho

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