Tim diz que está acompanhando ativos da Oi ‘de perto’

O presidente da Tim Brasil, Pietro Labriola, afirmou que sua empresa tem o dever de avaliar faixas de frequências e infraestrutura de rede que estão disponíveis no mercado e possam interessar o acionista. O relato foi feito após ser perguntado sobre interesses em ativos da Oi. A empresa rival se encontra em recuperação judicial.

Depois do evento no Congresso Futurecom, Labriola disse que “Na hora em que for disponibilizado algo, a operadora irá avaliar”. De acordo com o CEO, não é possível dizer se isso irá acontecer no ano que vem, entretanto a Tim está acompanhando de perto o andamento da situação.

De acordo com Labriola, a Tim não vê como prioridade o leilão da frequência de serviço móvel de quinta geração (5G). O leilão deveria acontecer no primeiro semestre de 2020, porém debates sobre a interferência da nova rede no sinal de TV aberta via satélite, captado por antenas parabólicas, deve atrasar a agenda.

Previsão para o leilão de frequência de serviço móvel 5G

A estimativa é de que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) faça o leilão depois de junho de 2020. Labriola disse que está estudando com muito cuidado esta questão.

“O importante é entender as regras. Se [o certame] acontece amanhã com uma regra que não ajuda o setor e o país [é prejudicial]. Mas se atrasar e a regra certa garantir o retorno do investimento, eu fico feliz”.

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Labriola também salientou que o leilão da frequência de quinta geração é importante para o setor de telecomunicações, mesmo não tendo pressa para que isso ocorra. “A quantidade de espectro vai melhorar [com o certame], mas tem que permitir a participação [de empresas] que tenham o interesse de investir. Seria um absurdo alguém participar para comprar espectro e depois vender. O sistema perderia”, reiterou o presidente da Tim.

Juliano Passaro

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