Redes sociais: um terço das marcas vai parar propagandas, diz FT

De acordo com uma pesquisa realizada pela Federação Mundial de Anunciantes (WFA, em sua sigla em inglês), aproximadamente um terço das maiores marcas do mundo suspenderá os gastos com propaganda nas redes sociais. A informação foi divulgada pelo “Financial Times” na quarta-feira (1).

No entanto, a federação comercial que cobre 90% dos gastos com publicidade no mundo informou que 41% dos entrevistados ainda estavam indecisos quanto à pausa nas campanhas digitais. As maiores marcas do mundo estão protestando contra o discurso de ódio divulgado nas grandes redes sociais, como Facebook (NASDAQ: FB), Snapchat (NASDAQ: SNAP) e Twitter (NASDAQ: TWTR).

Além disso, os resultados da pesquisa sugerem que o boicote contra o Facebook e outras redes sociais tem o potencial de se estender à maioria dos anunciantes de “primeira linha” da empresa. A pesquisa abrangeu 58 membros da WFA, que são responsáveis ​​por mais de US$ 90 bilhões (cerca de R$ 478 bi) em gastos com publicidade ao redor do mundo.

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O Stephan Loerke, CEO da WFA, espera que o movimento tenha um impacto mais duradouro nas mídias sociais. “O que impressiona é o número de marcas que estão reavaliando suas estratégias de alocação de mídia a longo prazo e exigindo mudanças estruturais na maneira como as plataformas lidam com a intolerância racial, e o discurso de ódio”, disse o executivo.

Embora mais de três quartos da receita do Facebook seja gerada por anunciantes de pequeno e médio porte, o boicote acompanhado por dezenas de marcas norte-americanas representou um golpe caro em sua reputação, reduzindo o preço das ações em 9% nesta semana.

As redes sociais responderam às críticas e ao boicote

O Facebook informou, na noite da última terça-feira (30), que irá priorizar artigos, notícias e publicações embasadas em informações confiáveis e escritas por jornalistas renomados. O gigante das redes sociais sofre com o boicote de parte dos anunciantes em suas plataformas devido ao não combate à discursos de ódio propagados em comentários e publicações dos usuários.

Veja também: Facebook: Pepsi e Starbucks suspendem anúncios em rede social

“Hoje estamos atualizando a maneira como as notícias se hierarquizam no ‘Feed de Notícias’ para favorecer que apareçam reportagens autênticas e artigos publicados de forma transparente”, disse o Facebook em nota. Três das maiores companhias que já disseram que irão suspender anúncios nas redes sociais da empresa são Coca-Cola (NYSE: KO), Starbucks (NASDAQ: SBUX) e Unilever (NYSE: UN).

Daniel Guimarães

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