Tensão entre Argentina e credores cria impasse na renegociação da dívida

As negociações da reformulação da dívida Argentina entraram em um impasse nesta quinta-feira (18) devido a crescente tensão entre funcionários do governo e credores internacionais.

Os credores e a Argentina declararam no final desta quarta-feira (17) que recusam os termos que estavam sendo negociados para a restruturação da dívida pública.

O governo da Argentina informou que não poderia “se comprometer de forma responsável” com os termos oferecidos pelos credores. Também acrescentou que alguns eram “amplamente inconsistentes com a estrutura de sustentabilidade da dívida para a Argentina restaurar a estabilidade macroeconômica e avançar em direção a um programa com o FMI“.

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“Além disso, o processo de negociação com nossa comunidade de investidores revelou que a demanda dos investidores frequentemente diverge e não podem ser facilmente reconciliadas”.

Isso significa que aproximadamente US $ 65 bilhões (cerca de R$ 348 bilhões) em títulos poderiam ser deixados em default por um longo período. Isso levou a terceira maior economia da América Latina a anunciar seu nono incumprimento de dívida soberana no dia 22 de maio, após deixar de pagar os juros vencidos.

O maior grupo de bondholders do país se chama “Ad Hoc” e consiste em 13 gestores de ativos internacionais. O grupo afirmou que o governo da Argentina havia “abandonado” uma “oferta abrangente e sustentável de reestruturação da dívida”. As conversas com funcionários do governo foram descritas como um “fracasso”.

Argentina posterga reestruturarão da dívida

Na última sexta-feira (12) a equipe econômica da Argentina decidiu adiar novamente o anúncio da nova proposta de reorganização da dívida pública.

Veja também: Argentina posterga anúncio da nova proposta de reestruturarão da dívida

Esta é a quarta vez que o país vizinho prorroga a decisão sobre sua dívida pública desde maio. Além disso, a Argentina marcou o nono default soberano após descumprir o pagamento de US$ 500 milhões (cerca de R$ 3 bilhões) em juros de dívida.

Daniel Guimarães

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