Telefônica (VIVT4) registra lucro líquido de R$ 1,11 bilhão no 2T20; queda de 21,6%

A Telefônica Brasil (VIVT4), controladora da Vivo, apresentou, nesta quarta-feira (29), um lucro líquido de R$ 1,113 bilhão referente ao segundo trimestre deste ano. O resultado equivale a uma queda de 21,6% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a Telefônica, o lucro caiu por conta do menor Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que foi de R$ 4,103 bilhões no segundo trimestre, baixa de 3,8% na mesma base comparativa. Dessa forma, a margem Ebitda da companhia recuou 0,5 ponto percentual, para 39,8%.

Os custos operacionais da companhia foram reduzidos em 5,9% de ano para ano, “devido principalmente à menor atividade comercial e menos despesas comerciais em função das iniciativas de digitalização e automoção”.

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A receita operacional líquida da Telefônica recuou 5,1%, para R$ 10,317 bilhões. O destaque negativo ficou por conta da receita líquida de aparelhos, com o resultado de R$ 373 milhões, uma baixa de 40,9%.

A companhia disse que o resultado foi proveniente da “redução nas vendas de aparelhos devido ao fechamento das nossas lojas físicas no contexto das medidas de confinamento em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19)“.

Os investimentos da empresa no segundo semestre atingiram R$ 1,909 bilhão, equivalente a 18,5% da receita operacional líquida, “com foco na expansão da rede de FTTH e ampliação da qualidade e capacidade das redes 4G e 4.5G”.

A empresa também destacou o fluxo de caixa livre após o pagamento de leasing, que atingiu R$ 2,772 bilhões, uma alta de 27,3% em relação ao mesmo período de 2019. O resultado contempla o recebimento do montante relativo à venda de torres no primeiro trimestre deste ano.

Telefônica anuncia recompra de ações

Também nesta quarta-feira, a Telefônica anunciou um programa de recompra de ações. Segundo o fato relevante, serão adquiridas até 583.558 ações ordinárias e 37.736.954 ações preferenciais.

A recompra dos papéis será efetuada mediante a utilização do saldo de reserva de capital de R$ 1,165 bilhão, apresentado nas últimas Demonstrações Financeiras Intermediárias. Segundo a Telefônica, o período para a recompra se inicia nesta quarta-feira e será encerrado no dia 27 de janeiro de 2022.

O programa tem por objetivo a aquisição dos papéis de emissão da empresa, “para posterior cancelamento, alienação ou manutenção em tesouraria, sem redução do capital social, para incrementar o valor aos acionistas pela aplicação eficiente dos recursos disponíveis em caixa, otimizando a alocação de capital da companhia”.

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A Telefônica salientou que as ações serão recompradas por meio de operações na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), a preço de mercado, observando os limites legais e regulamentares.

Jader Lazarini

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