Taxa de investimento no Brasil é a menor em 50 anos

Em 50 anos, a taxa de investimento no Brasil atingiu o menor ponto. Portanto, isso indica a fragilidade dos gastos no País com construção civil, equipamentos e máquinas.

A taxa permaneceu em 15,5% do PIB, na média dos últimos quatro anos. Desta forma, segundo especialistas, um valor nesse nível só é encontrado na média dos quatro anos até 1967.

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Os economistas Marcel Balassiano e Juliana Trece do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) comentaram a baixa, em entrevista ao site do Valor Econômico.

“Reverter esse quadro é fundamental para que a economia possa reagir e crescer mais e, com isso, aumentar a geração de empregos”, analisam.

Os dois especialistas usaram a taxa de investimento de 2016, 2017, 2018 e a do primeiro trimestre deste ano, para o cálculo da media dos últimos quatro anos.

Balassiano afirma que ao avaliar uma longa série, utilizar uma média móvel de quatro anos é um jeito de amenizar a oscilação de curto prazo.

Saiba mais: Prévia da inflação em junho é de 0,06%, menor taxa do mês em 13 anos 

Na recessão, que durou do segundo trimestre de 2014 ao quarto trimestre de 2016, a formação bruta de capital fixo (FBCF) sofreu muito.

FCBF é a medida do capital que é aplicado em máquinas, equipamentos, construção civil e inovação. Sendo assim, desde de 2017 o Brasil se recupera aos poucos deste período.

As dúvidas em relação ao equilíbrio das contas públicas no longo prazo colabora para as companhias protelarem medidas de investimento. A possível aprovação de uma reforma da Previdência razoavelmente robusta tende a reduzir essa indefinição.

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A economista do Bradesco, Priscila Trigo, destaca em relatório quatro fatores “conjunturais e estruturais” para esclarecer o motivo do atual ciclo de resgate do investimento está abaixo dos anteriores:

  • a elevada ociosidade da economia
  • as incertezas em relação as reformas fiscais
  • a queda do investimento publico
  • a lenta recuperação da economia limita o investimento privado

 

 

 

Juliano Passaro

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