Taxa de desemprego sobe para 12,2% e atinge 12,9 milhões no 1T20

A taxa de desemprego do Brasil ficou em 12,2% no primeiro trimestre móvel de 2020, atingindo 12,9 milhões de pessoas. Em comparação com o mesmo período no ano passado, esse valor é equivalente a uma queda de 0,5 ponto percentual. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (30) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado nos primeiros três meses do ano representa um crescimento de 1,3 ponto percentual em comparação com o último trimestre de 2019, quando a taxa de desemprego estava em 11%. Desse modo, o número de pessoas desempregadas aumentou em 1,2 milhão em 3 meses.

Garanta acesso gratuito à eBooks, Minicursos, Artigos e Video Aulas com um único cadastro. Clique para saber mais.

“Esse crescimento da taxa de desocupação já era esperado. O primeiro trimestre de um ano não costuma sustentar as contratações feitas no último trimestre do ano anterior. Essa alta na taxa, porém, não foi a das mais elevadas. Em 2017, por exemplo, registramos 1,7 p.p.”, disse a analista da pesquisa, Adriana Beringuy,

A população empregada totalizou 92,2 milhões, uma queda de 2,5% em relação ao trimestre anterior, ou seja, 2,3 milhões de pessoas a menos. Em comparação ao mesmo período no ano passado, o valor se manteve estável.

A taxa de informalidade atingiu 39,9% da população ocupada, representando 36,8 milhões de trabalhadores informais. No trimestre móvel anterior, essa taxa havia sido 41%, e no mesmo trimestre do ano anterior, 40,8%.

A população fora da força de trabalho chegou a 67,3 milhões, trata-se de um patamar recorde desde o início da pesquisa, no primeiro trimestre de 2012, com alta de 2,8% (mais 1,8 milhão de pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 3,1% (mais de 2 milhões de pessoas) em relação ao mesmo período de 2019.

Os dados de desemprego divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira são referentes ao trimestre encerrado em março. A instituição diz que as divulgações entre trimestres encerrados em meses diferentes não é possível, por diferenças na população investigada.

Poliana Santos

Compartilhe sua opinião