Taxa de desemprego aumenta para 13,6% em agosto, diz IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (23) dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mensal, apontando que a taxa de desemprego aumentou de 13,1% em julho para 13,6% em agosto deste ano, sendo o maior resultado registrado desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) até o momento.

Em agosto, a população ocupada totalizou 84,4 milhões de pessoas, representando uma expansão de 0,8% em relação a julho, ao passo que a taxa de desemprego cresceu para 12,9 milhões de pessoas, o que informa um crescimento de 5,5% ante julho, cerca de 600 mil pessoas a mais.

Todas as regiões brasileiras registraram crescimento do desemprego neste período, sendo elas:

  • Nordeste: 15,7%
  • Norte: 14,2%
  • Sudeste: 14,0%
  • Centro-Oeste: 12,2%
  • Sul: 10,0%

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A Região Sul do Brasil foi a única a registrar queda da população desocupada (-2,3%) durante julho, tendo seus valores aumentados durante o mês de agosto.

O contingente de inativos diminuiu de 76,5 milhões em julho para 75,2 milhões em agosto, uma redução de 1,6%. Entre os inativos, 27,2 milhões (36,1%) gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho. Cerca de 17,5 milhões de pessoas disseram que não procuraram emprego devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, mas que gostariam de trabalhar.

Em agosto, a taxa de desocupação entre as mulheres foi de 16,2%, ante um resultado de 11,7% entre os homens. Já a taxa entre as pessoas de cor preta ou parda foi de 15,4%, muito superior à dos brancos (11,5%).

A taxa de desemprego foi de 23,3% entre os jovens de 14 a 29 anos de idade. Por nível de escolaridade, o resultado foi mais baixo entre os trabalhadores com nível superior completo ou pós-graduação: 6,8%.

O nível de ocupação subiu de 47,9% em julho para 48,2% em agosto. O contingente de trabalhadores considerados informais totalizou 27,9 milhões de pessoas em agosto. A taxa de informalidade passou de 33,6% em julho para 33,9% em agosto.

Em agosto, 4,1 milhões de trabalhadores ainda estavam afastados do trabalho devido ao distanciamento social. A proporção de pessoas afastadas diminuiu de julho para agosto em todas as grandes regiões. Entre as Unidades da Federação, o Acre teve a maior proporção de ocupados afastados devido ao distanciamento social, 12,4%.

O grupo das pessoas de 60 anos ou mais de idade tem a maior proporção de pessoas afastadas em função da pandemia, mas diminuiu de 15,4% das pessoas ocupadas em julho para 10,7% em agosto. Entre as mulheres, a proporção de afastadas foi caiu de 11,3% em julho para 7,1% em agosto, enquanto essa fatia para os homens desceu de 6,2% para 3,6%.

Desemprego por setores:

Os setores que tiveram o maior aumento nas taxas de desemprego foram:

  • Administração pública, defesa e seguridade social, educação e saúde: 9,9%
  • Outros serviços: 7,6%
  • Serviço doméstico: 6,5%
  • Alojamento e alimentação: 5,7%

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Ao passo que o segmento de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, registraram o menor aumento do mês, de 1,6%.

O método de cálculo da taxa de desemprego adotado pelo IBGE, que segue padrão internacional, considera como desempregado apenas as pessoas em idade de trabalhar que, ao longo do mês da pesquisa, declaram ter procurado ocupação sem sucesso. Quem não está procurando trabalho, mesmo sem ocupação, não é considerado desempregado.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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Rafaela La Regina

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