Taurus: receita de vendas cresce 11,5% no Brasil no 1T19

A Taurus Armas registrou uma crescimento de 11,5% na receita de vendas no primeiro trimestre de 2019 na comparação anual. Sendo assim, o resultado apontado foi de R$ 35,9 milhões.

Do mesmo modo, o volume de vendas avançou 13,6% e a Taurus vendeu um total de 25 mil unidades. De acordo com a empresa, o resultado positivo é influenciado pela “retomada de credibilidade da marca”.

Por sua vez, as vendas nos Estados Unidos também aumentaram. Desse modo, o avanço foi de 3,7% com um total de 168 mil unidades. Assim, a receita total foi de R$ 200,4 milhões, com alta de 19, 4% em relação a 2018. Isso porque os EUA são o principal mercado de venda da fabricante brasileira.

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Da mesma forma, a Taurus também espera dobrar a produção no país norte-americano. Isso porque a fabricante está com expectativas sobre a transferência da fábrica para a Georgia.

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“Com a transferência da fábrica da Flórida para a nova unidade na Georgia, que ocorrerá ainda no ano de 2019, a capacidade de produção nos Estados Unidos vai dobrar das atuais 400 mil armas por ano, para 800 mil armas por ano”, declarou a Taurus.

A volatilidade da Taurus

Segundo analistas, as ações da Taurus têm um histórico de volatilidade. Sendo assim, os papéis da fabricante de armas têm fortes quedas e altas constantes. Confira alguns momentos em que as ações da empresa tiveram grandes variações:

  • 4 de setembro de 2018: alta de 23,95% a R$ 2,95.
  • 19 de setembro de 2018: alta de 22,58% a R$ 4,18.
  • 20 de setembro de 2018: alta de 26,79% a R$ 5,30.
  • 25 de setembro de 2018: baixa de 15,58% a R$ 3,74 (no dia anterior, Ibope havia divulgado pesquisa com avanço de intenção de voto no candidato do PT, Fernando Haddad).
  • 2 de outubro de 2018: alta de 18,64% a R$ 4,90.
  • 17 de outubro de 2018: alta de 17,36% a R$ 7,30.
  • 18 de outubro de 2018: alta de 26,99% a R$ 9,27.
  • 29 de outubro de 2018: baixa de 25,91% a R$ 8,15 (votação do segundo turno das eleições ocorreu em 28 de outubro).
  • 14 de dezembro de 2018: alta de 24,25% a R$ 4,15 (a Taurus realizou uma reunião com investidores nesta data, para explicar mudanças estruturais na empresa e comentar os resultados dos três primeiros trimestres de 2018). 
  • 18 de dezembro de 2018: baixa de 15,63% a R$ 4,28 (em vídeo divulgado no Youtube, Bolsonaro afirmou que a partir da posse “teremos problemas pela frente, sim, mas acredito em Deus e no apoio de vocês”).
  • 2 de janeiro de 2019: alta de 47,65% a R$ 4,78 (posse da presidência da República de Bolsonaro havia ocorrido no dia anterior).
  • 8 de janeiro de 2019: alta de 15,59% a $ 7,34.
  • 15 de janeiro de 2019: baixa de 22,29% a R$ 6,45 (Bolsonaro assinou decreto que facilita a posse de armas).
  • 16 de janeiro de 2019: baixa de 21,24% a R$ 5,08.
  • 30 de janeiro de 2019: alta de 22,45% a R$ 5,40 (Bolsonaro foi liberado do hospital após passar por cirurgia).

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Decreto de armas

A Taurus informou que espera um crescimento da demanda por armas com a assinatura do decreto de armas de Jair Bolsonaro. Assim, a empresa também afirmou que está pronta para atender às novas procuras.

O decreto de armas permite a importação de armas de empresas estrangeiras, além de liberar a participação de internacionais nas ações das fabricantes no Brasil. Dessa forma, a consequência direta é a quebra do monopólio da Taurus no País.

Além disso, entre outros pontos, o decreto também amplia e facilita o porte de armas. Até então, era exigido uma série de pré-requisitos para conseguir a liberação, como:

  • comprovação de aptidão técnica;
  • capacidade psicológica;
  • ausência de antecedentes criminai;
  • comprovação de necessidade.

A solicitação do porte é feita à Polícia Federal e agora é estendida para categorias como advogados, políticos, caminhoneiros e jornalistas. Neste último caso, o profissional deve trabalhar em cobertura policial.

Saiba Mais: Bolsonaro vai assinar decreto que quebra monopólio da Taurus

O decreto que afeta diretamente no mercado da Taurus foi assinado pelo presidente no início de maio. Contudo, a medida já sofre pressão da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e pode ser revista.

Beatriz Oliveira

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