Syngenta pode agilizar crescimento com oferta inicial de ações

A ChemChina, controladora da Syngenta, pode melhorar seu setor financeiro com a reabertura de capital da multinacional suíça. A empresa especializada em produtos químicos voltados ao agronegócio também deve acelerar sua expansão com uma possível oferta inicial de ações.

A controladora chinesa especulava um IPO da empresa suíça em um período de cinco anos, após a aquisição. A Syngenta foi comprada pela chinesa em 2017. Entretanto, a ChemChina já estuda abrir novamente o capital da empresa Suíça.

Investidores acreditam que já há negociações da empresa suíça com bancos de investimento, que teriam interesse na coordenação da oferta de ações da companhia.

O presidente global da Syngenta, Jon Parr, afirmou que uma oferta inicial de ações faz parte dos planos da empresa, entretanto não há prazo para isso acontecer.

“O tempo certo virá conforme as condições do mercado. A ChemChina não dará nenhum passo até que faça sentido e eles estejam prontos. Mas estamos tentando não especular sobre isso, porque não é construtivo para o que queremos fazer. precisamos continuar focados nos nossos clientes e em inovação”, afirmou Parr.

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Aquisição da Syngenta pela ChemChina

A ChemChina comprou a Syngenta em 2017 por US$ 43 bilhões. Na época, especialistas tinham grande expectativa sobre os planos da empresa asiática após a aquisição da maior multinacional de agrotóxicos do mundo.

A ideia inicial da ChemChina era desenvolver novos produtos e serviços para colaborar com o desenvolvimento da agricultura do país asiático. O processo, no entanto, já está sendo criticado por alguns asiáticos menos otimistas.

O embaixador da China na Suíça, Geng Wenbing, disse, em junho, que a compra da Syngenta foi uma falha. “Se a Suíça quiser ter a Syngenta de volta, vou convencer a ChemChina a vender a empresa novamente”, disse Wenbing em entrevista a um jornal suíço.

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A ChemChina teve uma queda em sua receita total, de 9,5%, no primeiro semestre deste ano, em comparação com o igual período de 2018. Com isso, críticos aproveitaram para atacar a Syngenta, que obteve um desempenho abaixo do que era estimado por especialistas e acabou refletindo nos resultados da ChemChina.

Investidores acreditam que já há negociações da Syngenta com bancos de investimento que teriam interesse na coordenação de sua oferta de ações.

Juliano Passaro

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