Suzano (SUZB3): é difícil prever oferta e demanda de celulose

O presidente da Suzano (SUZB3), Walter Schalka, informou que é muito difícil prever como ficará a relação entre oferta e demanda da celulose após a pandemia de coronavírus (Covid-19). A informação foi divulgada nessa sexta-feira (15) pelo “Valor”.

De acordo com a Suzano, o novo coronavírus , afetou significativamente o aumento da demanda por celulose devido ao aquecimento do segmento de papéis sanitários. Entretanto, a doença reduziu a demanda por papéis usados para escrita ou impressão.

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Contudo, Schalka informou que deve haver uma mudança na demanda após a pandemia. Segundo ele nos países onde as medidas de isolamento social estão sendo afrouxadas, o consumo dos papéis destinados a escrita e impressão voltaram a crescer.

O executivo completou dizendo que “parece haver uma correção direta entre consumo de papel de imprimir e escrever e medidas de fechamento ou isolamento social por causa da Covid-19”.

Além disso, o diretor de finanças e relações com investidores da empresa, Marcelo Bacci adicionou que “a demanda de tissue (papéis para fins sanitários” e a menor disponibilidade de fibra reciclada mais que compensaram a retração no segmento de imprimir e escrever”.

Suzano estende parada comercial

O diretor de papel da empresa, Leonardo Grimaldi informou que a companhia pretende prolongar, até junho, a interrupção comercial nas fábricas de Mucuri, na Bahia, e em Rio Verde, em São Paulo. As fábricas são o responsáveis pela produção de papel para impressão e escrita, modalidades que apresentaram queda na demanda durante a pandemia.

Segundo Grimaldi, os primeiros efeitos da doença no segmento de “imprimir e escrever”, começaram a ser sentidos em março. O diretor de papel da companhia acrescentou que os estoques subiram muito e assim decidiram para a produção de papel nas duas fábricas em maio.

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A Suzano registrou que a venda de celulose no primeiro trimestre de 2020 caiu 65%, contra o mesmo período de 2019, para 2,86 milhões de toneladas. O preço médio da commodity caiu 34% no primeiro trimestre, para US$ 469 por tonelada (cerca de R$ 2.724,89).

Laura Moutinho

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