S&P 500: Veja as 5 ações que mais desvalorizaram em agosto

O S&P 500, que reúne as 500 maiores empresas de capital aberto dos Estados Unidos, emendou o quinto mês consecutivo no azul e obteve o melhor agosto em 34 anos. O índice, contudo, não se mexeu uniformemente e deixou para trás empresas que caíram quase 20%.

Puxado pelo desempenho das ações de tecnologia, o S&P 500 encerou o último dia 31 com uma alta acumulada em agosto de 7,01% a 3.500,31 pontos, o melhor resultado para o mês desde 1986. Todavia, enquanto ações de empresas como Apple (Nasdaq: APPL) ou Tesla (Nasdaq: TSLA) batem recordes históricos, companhias que operam na economia real ainda se esforçam para recuperar os valores perdidos com a pandemia.

No acumulado do ano até o mês de agosto, o S&P 500 registrou uma alta de 34%, enquanto o Nasdaq-100 disparou 38,68% e o Dow Jones Industrial apresentou uma queda de apenas 0,38%. Enquanto isso, o Crb index, índice de commodities feito pela “Reuters” oscila em torno dos 15o mil, ainda longe dos 85 pontos de antes da pandemia e dos 202 pontos recordes.

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Com isso, reforçando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, confira as cinco ações do S&P 500 que mais se desvalorizaram em agosto:

Occidental Petroleum

Integrante da lista de maiores quedas acumuladas de maio e junho, a Occidental Petroleum Corporation (Nyse: OXY) voltou para apresentar a maior desvalorização do índice no mês passado.

As ações da empresa de extração e exploração de petróleo e gás, que em meados de fevereiro variavam em torno de US$ 42, 00 (equivalente a R$ 222,18), caíram para cerca de US$ 10,00 no pico da crise. Ao contrário do aconteceu com outras companhias nos Estados Unidos, os papéis da petroleira não conseguiram se recuperar, mesmo após seis meses depois do auge da crise.

Nesse sentido, o movimento de venda em agosto foi impulsionado após a holding Berkshire Hathaway (Nyse: BKR-A, BKR-B), do megainvestidor Warren Buffett, vender sua posição na Occidental Petroleum, conforme relatório divulgado ao final do segundo trimestre deste ano. Com isso, os papéis da empresa registraram uma baixa de 19,06%, fechando o mês a US$ 12,74.

Evergy

A elétrica Evergy (Nyse: EVRG) também integra parte do grupo de empresas que estão longe de recuperar o valor de mercado pré-pandemia. O investidor ativista Elliott Management vinha estimulando a liderança da companhia a aumentar o valor para os acionistas e a Evergy deveria criar um comitê para realizar “uma revisão abrangente e independente para identificar e recomendar maneiras de aumentar o valor para o acionista, incluindo por meio de uma combinação estratégica potencial ou uma modificação autônoma de longo prazo plano operacional e estratégia”.

No entanto, no início de agosto, vazou a notícia de que a Evergy havia se encontrado com possíveis compradores e decidiu não se vender. Com os rumores, os investidores entusiasmados com a ideia de uma  potencial venda se desfizeram das ações.

Os papéis da empresa se desvalorizaram rapidamente, cravando uma queda acumulada de 17,11% no mês passado, o que levou suas ações para o patamar de US$ 53,22 e garantiu o segundo lugar no ranking de piores baixas do S&P 500.

Hologic

Ao contrário de suas predecessoras, a Hologic (Nasdaq: HOLX) não opera em um setor tradicional e já recuperou  o preço de seus papéis após atingir o fundo em março. Contudo, as ações da desenvolvedora de sistemas médicos que vinham em franca valorização caíram 14,42% no mês de agosto.

A empresa de tecnologia, que chegou a ficar cotada a US$ 73,32 na bolsa automática dos Estados Unidos no mês passado, registrou uma forte baixa para o nível de US$ 59,62 no final do período. No acumulado anual até o mês de agosto, a Hologic registra uma valorização de 14,38%.

Arista Networks

Com uma trajetória semelhante à sua antecessora, a Arista Networks (Nyse: ANET) se deparou com uma brusca queda em março de 2020 que com o tempo foi recuperada e superada. No início de agosto, os ativos da empresa chegaram a ser negociadas em US$ 263,99.

O movimento reflete os resultados referentes ao segundo trimestre de 2020 divulgados pela companhia de rede de computadores. A Arista Networks reportou ganhos e receitas que superaram a expectativa dos analistas, porém ambas as cifras diminuíram na base anual.

Com isso, o preço das ações da empresa caíram 13.98% no mês passado, para US$ 223,45, cravando o quarto lugar da lista de maiores desvalorizações do S&P 500 em agosto.

Becton, Dickinson and Co

Por último, mas não menos importante, chegou a empresa tecnologia médica Becton, Dickinson and Company (Nyse: BDX). Ao mesmo em que a companhia observou um aumento nas vendas de suas duas plataformas de teste covid-19, as vendas gerais registraram queda de 11,4% na base anual no terceiro trimestre de 2020.

Além disso, a Becton, Dickinson era uma das duas únicas empresas de saúde a ter autorização federal do Food and Drug Administration (FDA) para fornecer testes de resposta rápida para o novo coronavírus. Agora, no entanto, outros negócios entraram na batalha obtendo aprovação do órgão.

Nesse sentido, os papéis da companhia de cerca de US$ 281 no início do mês de agosto para fechar o período na casa dos US$ 242,77, o que representa uma desvalorização de 13,71%, a quinta e última das maiores baixas acumuladas do S&P 500 em agosto.

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Arthur Guimarães

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