S&P 500: confira as 5 ações que mais desvalorizaram em abril

As ações listadas no S&P 500 sofreram fortes perdas no início do ano devido à pandemia do novo coronavírus. Em abril, apesar dos principais índices acionários registrarem melhor performance em anos, algumas empresas ainda sentiram os efeitos da crise.

As companhias enfrentam grandes adversidades devido à crise causada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). As medidas de isolamento social, assim como a consequente queda na demanda, afetaram o caixa das empresas norte-americanas.

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No entanto, apesar de encerrar o último pregão do mês em queda, em abril o Dow Jones (DJIA) e o S&P 500 tiveram sua melhor performance desde janeiro de 1987 e o melhor quarto mês do ano desde 1938. A valorização aconteceu mesmo com a queda registrada no último pregão do mês.

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O Dow Jones fechou a sessão em queda de 1,17%, a 24.345, 72 pontos, mas acumulou ganhos de 12,40% no mês de abril. Enquanto, a Nasdaq encerrou o dia em baixa de 0,28%, a 8.889,55, com alta de 15,5% no acumulado mensal. O S&P 500, por sua vez, fechou em queda de 0,92%, a 2.912,43, mas avançou 13,73% no mês.

Dessa forma, veja quais foram as ações que mais desvalorizaram no mês de abril:

1. Howmet Aerospace

A fabricante de peças para aeronaves Howmet Aerospace Inc (NYSE: HWM) lidera o ranking de desvalorização de ações listadas no S&P 500 em abril. Os papéis da companhias fecharam o último pregão de abril em queda cotados a US$ 13,17. No acumulado mensal do mês de abril, a companhia registrou uma queda acentuada de 18,43%.

O setor de aviação enfrenta uma grave crise em razão da pandemia do novo coronavírus. Com as medidas de isolamento social para conter o avanço do vírus e queda na demanda, a companhia sofreu grandes perdas desde o início do ano.

2. General Electric

A General Electric (NYSE:GE) também sofreu graves perdas com a crise, em especial durante o mês de março. As ações do conglomerado foram US$ 13,16, no início de fevereiro, para US$ 7,23, apenas um depois.

Em abril, os papéis da General Electric ampliou as perdas e fechou o último pregão do mês com perdas acumuladas de 14,36%, cotados a US$ 6,80.

A General Electric reportou uma receita total de US$ 20,524 bilhões, uma queda de 8% em comparação com os resultados do ano anterior. Além disso, os lucros da GE Industrial caíram 46% na comparação anual, para US$ 1,096 bilhão, ante US$ 2,017 bilhões.

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“O impacto do COVID-19 desafiou os resultados do primeiro trimestre, especialmente na aviação, onde vimos um declínio dramático no setor aeroespacial comercial, à medida que o vírus se espalhou globalmente em março”, declarou o CEO da companhia, Larry Culp em comunicado.

3. Cincinnati Financial

A companhia do setor de seguros Cincinnati Financial Corp (Nasdaq: CINF) foi a terceira no ranking de maiores desvalorizações do S&P 500. As ações da empresa encerrou a última quinta-feira em queda, cotadas a US$ 65,80.

No mês de abril, a Cincinnati Financial estendeu as perdas observadas em março deste ano, quando perdeu US$ 26 em valor de suas papéis. No acumulado de abril, a companhia registrado um tombo de 12,79%.

As ações da empresa entraram em queda livre após a divulgação  dos  resultados no primeiro trimestre de 2020. No balanço, Cincinnati Financial reportou um lucro abaixo do esperado pelos analistas, porém uma receita acima da projetada pelos mesmos.

4. Southwest Airlines

Outra do setor de aviação, a Southwest Airlines (NYSE: LUV) é uma das maiores empresas de linhas aéreas dos Estados Unidos. A companhia sofreu fortemente o impacto das medidas de isolamento para mitigar os efeitos da pandemia e queda na demanda de viagens no país.

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A Southwest Airlines reportou, pela primeira vez em nove anos, prejuízo nos resultados trimestrais. A companhia aérea registrou prejuízo líquido US$ 94 milhões no primeiro trimestre de 2020, ante lucro de 387 milhões no ano anterior.

No mesmo sentido, as ações da aérea tiveram forte queda desde o início da crise nos Estados Unidos. Os ativos da Southwest Airlines fecharam o último pregão do mês de abril em alta, cotados a US$ 31,25. No acumulado mensal, os papéis tiveram forte desvalorização de 12,24%.

5. HP

A companhia de tecnologia HP (NYSE: HPQ) figura no quinto lugar do ranking de maiores desvalorizações do S&P 500. As ações da empresa encerraram o último dia do mês de abril cotadas a US$ 15,51. No acumulado mensal, os papéis tiveram ainda maior baixa, de 10,66%.

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A HP foi fortemente afetada crise do novo coronavírus que deve reduzir drasticamente a demanda por computadores e outros da empresa, como impressoras.

Os ativos da empresa vêm sofrendo forte desvalorização desde o mês de março, quando a crise atingiu os Estados Unidos. Ao final de fevereiro, no dia 25, as ações da HP listadas no S&P 500 estavam cotadas a US$ 23,35.

Arthur Guimarães

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