Soja: Associação volta a reduzir projeção para safra nos principais estados

A Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) diminuiu as expectativas de produção nos principais estados.

De acordo com o relatório divulgados pela Aprosoja, as estimativas são de que a produção de soja caia em 12 estados. As projeções passaram de 117,3 milhões de toneladas para 101 milhões.

O principal motivo para a queda é a severa seca que atinge as maiores regiões produtoras desde de dezembro.

“Caso não volte a chover nos próximos dias, intensificam-se essas perdas. A situação é um pouco mais grave do que as consultorias estão passando”, afirmou à Reuters o presidente da Aprosoja, Bartolomeu Braz.

De acordo com Braz, a previsão compreende as safras dos seguintes estados:

  • Goiás
  • Mato Grosso
  • Mato Grosso do Sul
  • Piauí
  • Tocantins
  • Bahia
  • Maranhão
  • Minas Gerais
  • São Paulo
  • Paraná
  • Santa Catarina
  • Rio Grande do Sul

Juntos, esses estados produziram 98% da safra 2017/18.  Além disso, Rondônia e Pará não constam na lista por não terem suas lavouras atingidas pela seca. Somados, os estados produziram 2,6 milhões de toneladas na temporada passada.

Produção de soja nos estados

Entre os estados com piora mais acentuada está o Paraná, onde a produção cairá 30% ante a projeção inicial, para 13,7 milhões de toneladas.

Na Bahia, a previsão foi reduzida em 20%, assim como o Piauí. Já em Goiás, a queda foi de 17% em comparação com a última projeção.

No Mato Grosso, maior produtor de soja, as perdas chegaram a 8%, totalizando 29,5 milhões de toneladas.

Outras consultorias

Três consultorias já rebaixaram as previsões para a safra 2018/2019:

  • Datagro
  • Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove)
  • Deral

clima seco e quente verificados no mês de dezembro de 2018 motivou a redução das expectativas.

Saiba mais: Consultoria diminui previsão de safra de soja por causa da seca

A Abiove também estima que o faturamento com as exportações do complexo de soja caia de US$ 34,2 bilhões para US$ 32,75 bilhões em 2019.

 

Renan Dantas

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