Softbank anuncia lançamento de cartões de débito com carteira blockchain

O banco japonês, SoftBank, anunciou nesta terça-feira (03) que lançará um cartão de débito que visa implementar criptomoedas em produtos tradicionais do mercado. Como em qualquer cartão de débito comum, este será elegível para transações tradicionais usando dinheiro FIAT, mas os consumidores poderão utilizá-lo para gastar ou armazenar ativos digitais.

A Softbank também disse que haverá funções de uma carteira com blockchain. O cartão também poderá ser conectado por meio de WiFi.

O novo cartão de débito será “inteligente” por conta dos chips IoT, além de ter uma bateria e pequena tela em cima dele. A tela poderá ser usada para monitorar os fundos do cartão em tempo real. Os clientes também poderão operar dinheiro fiduciário e criptomoedas.

O Softbank salientou que já emite cartões de débito pré-pagos convencionais e disse que os Wallet Cards proporcionavam melhor segurança e acesso aproveitando seu próprio sistema de criptografia.

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O objetivo do projeto é eliminar o “gap de escalabilidade”, que existe nos atuais sistemas de pagamentos baseados em blockchain. Com redes públicas de blockchain, como Bitcoin e Ethereum, a autorização de blocos tem um atraso de dez minutos, reduzindo sua utilidade para pagamentos.

A solução, para o Softbank, é fazer com que micropagamentos com criptomoedas sejam instantâneos.

Softbank procura empréstimo

Após a tentativa frustrada da oferta pública inicial de ações (IPO) da WeWork, o Softbank Group está negociando com um banco japonês um empréstimo de US$ 2,76 bilhões (cerca de R$ 11,58 bilhões na cotação atual).

Saiba mais: Softbank: sem IPO da WeWork, grupo procura empréstimo de US$ 2,7 bi

Além disso, o Softbank planeja uma oferta pública de compra de até US$ 3 bilhões (R$ 12,59 bilhões) para aumentar sua participação na startup, financiando a reviravolta da companhia.

Para as instituições bancárias, incluindo o principal aliado do Softbank, o Mizuho Financial Group, essa operação é uma rara oportunidade rentável em meio às taxas de juros negativas no país asiático. No entanto, alguns dos bancos que já emprestaram grandes volumes de recursos ao grupo investidor japonês mostram-se cautelosos em correr riscos adicionais.

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As instituições bancárias também são investidores do Softbank Vision Fund, fundo que sofreu um grande impacto com a fracassada abertura de capital da WeWork. As expectativas e chances factíveis de uma recuperação da empresa de compartilhamento de escritórios podem influenciar a decisão de novos investimentos no grupo japonês.

Rafael Lara

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