Smiles (SMLS3) reverte lucro e apresenta prejuízo de R$ 400 mil no 2T20

A Smiles (SMLS3) registrou prejuízo de R$ 400 mil no segundo trimestre de 2020, ante lucro líquido de R$ 155,7 milhões no mesmo período no ano passado. Os dados divulgados na noite da terça-feira (28) apontaram que o prejuízo foi causado em razão da crise no setor aéreo por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

No primeiro trimestre deste ano, a empresa de programa de fidelidade da Gol (GOLL4) havia registrado lucro de R$ 56,3 milhões. No entanto, nos meses seguintes a “tempestade causada pela pandemia afetou os rumos dos negócio de forma generalizada. Poucos setores da economia foram tão profundamente desafiados nos últimos meses quanto o de viagens e turismo”, informou a Smiles.

A receita líquida passou de R$ 278 milhões, no segundo trimestre de 2019, para R$ 56,5 milhões neste trimestre. Esse valor é correspondente a uma queda de 79,6%. O faturamento bruto total atingiu R$ 321,7 milhões, ante R$ 684,3 milhões no mesmo período no ano anterior. A receita de resgates caiu 87,1%, para R$ 75,7 milhões, a queda é em razão ao cancelamento de viagens, passagens aéreas, hotéis e aluguel de carros.

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O lucro bruto foi de R$ 28,5 milhões, queda de 88,9% em comparação ao mesmo intervalo de 2019, quando havia registrado R$ 256,9 milhões.  O Ebitda (prejuízo antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 6,2 bilhões, ante um Ebitda positivo de R$ 180,4 milhões, ano antes.

Smiles se justifica e diz que parceria com Gol é vantajosa

A Smiles informou, em meados de julho, que a parceria com a Gol  é vantajosa, podendo trazer um retorno anual de até 8,3% à companhia. A informação foi publicada em um comunicado que responde às contestações sobre a operação entre as duas empresas.

Os acionistas minoritários da Smiles questionam a compra antecipada de passagens aéreas da companhia área — que é sua controladora –, no valor total de R$ 1,2 bilhão. O entendimento é de que o negócio não é benéfico à operadora de programas de fidelidade, e deve ser anulado.

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Os investidores da Smiles afirmam que, caso contrário, a Gol deverá indenizar a empresa, e os executivos de ambas as companhias devem ser processados.

Na última terça-feira (14), os acionistas minoritários receberam a informação de que o Conselho de Administração da Smiles marcou uma assembleia extraordinária de acionistas para agosto. No encontro, será discutida a possível ação judicial contra a diretoria da operadora.

Poliana Santos

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