Smiles (SMLS3): Demanda de voos está voltada ao mercado doméstico

A Smiles (SMLS3) comunicou nesta quarta-feira (29) que seus consumidores têm mudado o perfil de compra. Isso porque a empresa viu uma maior procura por viagens curtas, no mercado doméstico, nas últimas semanas. A mudança ocorre em meio à crise provocada pela pandemia de coronavírus (Covid-19), que tem afetado fortemente as empresas ligadas ao setor aéreo e de turismo.

Segundo a Smiles, os clientes também estão mais receosos em trocar suas milhas por passagens aéreas, por conta das incertezas do cenário atual. “Hoje é difícil saber quando o mercado vai voltar à normalidade. Ainda há muitas incertezas sobre a oferta futura de voos pelas companhias nacionais e internacionais. Hoje temos buscado oportunidades de fazer a venda de passagens em voos que já estão programados”, disse André Fehlauer, presidente da Smiles.

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Fehlauer também comentou sobre a Gol e disse que a empresa tem como plano aumentar sua malha aérea doméstica em maio.

Resultado da Smiles no primeiro trimestre

A companhia de programas de fidelidade da Gol teve queda de 60,3% no lucro dos três primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2019, para R$ 56,3 milhões. No primeiro trimestre do ano passado, a empresa teve lucro de R$ 179,5 milhões.

A queda no resultado líquido ocorre por conta de uma combinação de receitas menores com resgates aéreos e crescimento em despesas operacionais e financeiras.

As despesas operacionais da Smiles cresceram 19,2% e ficaram em R$ 68,8 milhões no trimestre. As despesas comerciais também aumentaram, para R$ 33,3; uma alta de 18,1%.

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A receita líquida da Smiles entre janeiro e março caiu 28,8%, ficando em R$ 171,3 milhões. Em seu comunicado ao mercado, a empresa afirmou que a queda se deu por conta do reajuste no preço de transferência de 41% na tarifa padrão, que está em vigor desde janeiro e aumentou os custos das passagens aéreas da Gol para a empresa.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Smiles caiu 49,7%, para R$ 86 milhões.

Juliano Passaro

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