Petrobras (PETR4): setor petrolífero enfrenta incertezas, diz CEO

Segundo o CEO da Petrobras (PETR3; PETR4), Roberto Castello Branco, o setor petrolífero está enfrentando um ambiente de incertezas. Para ele, isso faz com que a volatilidade atual do preço do petróleo seja superior à observada durante a crise de 2008. A declaração foi realizada nesta sexta-feira (3).

Durante uma live promovida pelo Itaú (ITUB4), o executivo da Petrobras disse que “quando o mercado tem visão clara [dos preços], faz a descoberta de preços, a volatilidade se acomoda”.

Embora o executivo afirme que a volatilidade dos preços não demonstre que irá se estabilizar neste momento, lembrou que existe a expectativa de um acordo na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Rússia e Estados Unidos quanto à oferta da commodity.

Castello Branco diz que “no fim das contas, a racionalidade vai prevalecer”. Após as fracassadas negociações entre os países da Opep, junto à Rússia, no começo de março, a cotação do barril de Brent chegou a apresentar uma queda diária do mesmo patamar que durante a Guerra do Golfo, de 31%.

A Rússia rejeitou a oferta do cartel em cortar adicionalmente 1,5 milhão de barris por dia até o final deste ano. Em retaliação, a Arábia Saudita informou no dia 17 de março que as exportações de petróleo devem aumentar nos meses seguintes para acima de 10 milhões de barris por dia.

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No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nesta quinta-feira (2), que espera que a Arábia Saudita e a Rússia cortem sua produção de petróleo.

Segundo ele, os cortes dos dois dos maiores produtores da commodity no mundo serão na ordem de 10 milhões de barris por dia, ou “substancialmente mais”. A cotação do barril de petróleo Brent, após a declaração do mandatário, chegou a subir mais de 30%. Nesta sexta-feira, por volta das 11h35, apresentava uma alta de 10%, cotado a US$ 32,93.

Petrobras identifica queda na demanda por combustíveis

Castello Branco também informou que a Petrobras identificou uma forte contração do mercado de combustíveis. A demanda tem diminuído por conta do avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), seguido da desaceleração econômica do País e do mundo.

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A estatal havia comunicado que, a partir da última quarta-feira (1), a produção de petróleo passou a ter um corte de 200 mil barris diários. “Para definição dos campos que terão sua produção diminuída, a Petrobras levará em consideração condições mercadológicas e operacionais”, diz o comunicado,

“A duração da restrição, assim como potenciais aumentos ou diminuições, será continuamente avaliada”, informou a companhia.

A Petrobras ressaltou que está ajustando as operações de suas refinarias de acordo com a demanda pela commodity. A estatal pretende poupar aproximadamente R$ 700 milhões em despesas com pessoal.

Jader Lazarini

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