Setor de serviços registra queda recorde de 11,7% em abril, aponta IBGE

O volume de serviços registrou queda de 11,7% em abril, ante março, na série com ajuste sazonal. Trata-se do pior resultado desde o início da série histórica, em janeiro de 2011. Essa é a terceira taxa negativa consecutiva, com acúmulo de perda de 18,7% neste período. As informações foram publicadas nesta quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, essa queda significativa é consequência das medidas  de isolamento social em razão da pandemia do novo coronavírus. Na série sem ajuste sazonal, em comparação com abril do ano passado, o volume de serviços recuou 17,2%. No acumulado do ano, o volume caiu 4,5% em relação ao mesmo período.

A retração de 11,7% do volume de serviços de março para abril de 2020 foi acompanhada por todas as cinco atividades analisadas. Os destaques negativos foram:

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  • transportes, serviços auxilares de transportes e correio (-17,8%);
  • serviços prestados às famílias (-44,1%)

O grupo de transportes sofreu pressões negativas mais intensas vindas de empresas de transporte aéreo (-73,8%) e terrestre (-20,6%). Já o segundo grupo foi impactado pela interrupção na prestação de serviços de alojamento e alimentação (-46,5%) e de outros serviços prestados às famílias (-33,3%).

Os demais resultados negativos vieram dos seguintes grupos:

  • profissionais, administrativos e complementares (-8,6%);
  •  informação e comunicação (-3,6%);
  • outros serviços (-7,4%).

Serviços caem nos estados brasileiros

Regionalmente, 26 das 27 unidades da federação mostraram queda no volume em abril de 2020, na comparação com março de 2020.

Entre os locais com resultados negativos nesse mês, São Paulo (-11,6%) e Rio de Janeiro (-12,7%) sofreram as perdas mais significativas,  “pressionados, em grande medida, pelos segmentos de alojamento e alimentação”.

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Outras perdas relevantes aconteceram em:

  • Minas Gerais (-11,0%);
  • Rio Grande do Sul (-15,2%);
  • Bahia (-21,0%);
  • Paraná (-11,1%).

Em contrapartida, o único impacto positivo em termos regionais veio do Mato Grosso (9,0%), cuja expansão é explicada não só pela baixa base de comparação, já que em março os serviços haviam recuado 12,6% nesse estado, mas também pelo bom desempenho do transporte ferroviário de cargas.

Poliana Santos

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