Serasa: recuperações judiciais caem 0,8% em 2018

A Serasa informou nesta segunda-feira (14) que as recuperações judiciais caíram 0,8% em 2018. Além disso, as falências atingiram o menor número desde 2014.

Segundo a Serasa, em 2018 no Brasil foram registrados 1.408 pedidos de recuperações judiciais. Por sua vez, no mesmo ano foram apresentados 1.459 pedidos de falência em todo o Brasil.

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O resultado das recuperações judiciais aparece em queda de 0,8% em relação a 2017, quando tinham sido 1.420. Um número ainda mais relevante se comparado com o recorde histórico de 2016, quando tinham sido 1.863 pedidos. Segundo a Serasa, entre 2018 e 2016 a redução foi de 24,4%. O ano de 2016 foi o segundo de recessão para a economia brasileira. O Produto Interno Bruto (PIB) se contraiu de 3,5%. Naquele mesmo ano ocorreu o maior volume de pedidos de recuperação judicial desde 2006, depois da vigência da Nova Lei de Falências, de junho de 2005).

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As micro e pequenas empresas foram as que mais pediram recuperação judicia. Ao longo de 2018 foram apresentados 871 requerimentos. Em seguida estão as médias empresas, com 327 pedidos, e as grandes empresas, com 210 pedidos de recuperação.

Queda nos pedidos de falência

No caso dos pedidos de falência, houve uma redução de 14,6% em 2018, em comparação com os 1.708 requerimentos de 2017. Os 1.459 pedidos de falência de 2018 representam o menor valor já registrado na série histórica da Serasa desde que a Nova Lei de Falências entrou em vigor. Em segundo lugar foi o ano de 2014, com 1.661 pedidos de falência. Em comparação a 2016, quando foram registrados 1.852 pedidos de falência, a queda foi de 21,2%. Também nesse caso as pequenas e médias empresas lideram os pedidos. Foram 761 pedidos apresentados por micro e pequenas empresas, 355 por médias empresas e 343 por grandes empresas.

Números positivos mas com ressalvas

Segundo os economistas da Serasa Experian, os números das recuperações judiciais de 2018, mesmo se positivos, aparecem pouco diferentes dos de 2017. Isso demonstram o efeito prolongado da estagnação da atividade econômica no Brasil. Por outro lado, a redução registrada nas falências é um sinal positivo.

“O ritmo lento de uma retomada, que ficou bem abaixo das expectativas, impactou o desempenho empresarial, afetando principalmente micro e pequenos empreendedores, o que gerou retração dos negócios e aumento de dificuldades financeiras”, informou a Serasa. Os dados foram calculados no Indicador Serasa Experian de falências e recuperações judiciais .

Carlo Cauti

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