Semana Internacional: Facebook, guerra comercial e Bolívia

As notícias econômicas e políticas internacionais agitaram os mercados nos últimos dias. Os investidores mostraram-se atentos aos assuntos corporativos e da políticos. Confira as principais notícias da Semana Internacional.

O Facebook (NASDAQ: FB) é o destaque da Semana Internacional. A gigante norte-americana anunciou na última terça-feira (12) que irá lançar um novo serviço de pagamento.

O Facebook Pay fará transações financeiras em suas diferentes plataformas de redes sociais, incluindo WhatsApp, Instagram, Messenger e o próprio Facebook.

Inicialmente irá operar apenas nos Estados Unidos, e vai utilizar estruturas financeiras já existentes, portanto, não está atrelada ao projeto da moeda digital, a Libra.

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O Wells Fargo (NYSE: WFC), uma das maiores instituições bancárias dos EUA, foi ordenado a pagar US$ 200 milhões ao USAA (United Services Automobile Association), uma associação de seguros e investimentos, focada em atendimento ao público das forças armadas.

Segundo o júri do Tribunal Distrital do Texas, o Wells Fargo infringiu duas patentes da USAA na captação de depósitos em cheques realizados por dispositivos móveis. A USAA afirma ter sido a primeira instituição que liberou os depósitos móveis, tendo criado o recurso em 2005. O processo teve inicio em junho de 2008.

Segundo o jornal “The Wall Street Journal”, o Google (NASDAQ: GOOGL) oferecerá contas correntes a usuários em 2020. O projeto se chamará “Cache” e está em desenvolvimento com o banco Citi e uma cooperativa de crédito da Universidade de Stanford.

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“Nossa estratégia é de sermos grandes parceiros de bancos e do sistema financeiro”, afirmou Caesar Sengupta, vice-presidente de pagamentos do Google. O jornal relatou que existe uma grande quantidade de dados e informações sobre gastos dos consumidores e sobre renda em contas bancárias.

Na última quarta-feira (13), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) anunciou que revisará a compra da Fox pela Disney (NYSE: DIS). O Cade fixou prazo para o desinvestimento do canal. O prazo, apesar do esforço de ambas as partes, não foi cumprido. Dessa forma, a venda não foi concretizada. Assim, a autarquia decidiu revisar a operação.

Além disso, na última terça-feira (12), a Disney lançou o seu serviço de streaming, o Disney +. O produto da companhia estadunidense, que irá competir com Netflix e HBO, irá ofertar uma imensa coletânea de filmes e séries, tradicionais e exclusivas. A meta é atingir de 60 milhões a 90 milhões de usuários até 2024.

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Na última terça, em evento ocorrido em São Paulo, a estrategista em ações para América Latina e Brasil da J.P. Morgan (NYSE: JPM) afirma que o maior banco dos EUA está “super comprado com o Brasil“. Segundo ela, a perspectiva de retomada do crescimento econômico, em meio a juros baixos e avanço nas reformas, faz com que o País esteja em um momento único dentre os emergentes.

Para a especialista, a saída de recursos da Bolsa de Valores (B3), que se intensificou a partir do segundo trimestre deste ano, está atrelado ao fluxo negativo de emergentes, e não a algo específico do Brasil.

Noticiário internacional

Nesta semana, os mercados internacionais reagiram de forma mista ao desenrolar da primeira fase da guerra comercial.

Na última terça, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, obteve um tom otimista em seu discurso no Clube Econômico de Nova York. O mandatário afirmou que a China está “desesperada” para assinar o acordo na primeira fase da disputa entre as duas maiores potências do planeta.

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O porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Fang, afirmou que o cancelamento das tarifas é uma condição importante para o acordo preliminar.

Já o assessor de Comércio do governo norte-americano, Peter Navarro, disse na noite da última quarta-feira que as pessoas não devem se atentar aos “rumores” sobre o andamento das negociações.

Veja também: Guerra comercial: China está desesperada por acordo, diz Trump

No último domingo (10), Evo Morales renunciou à Presidência da Bolívia. A saída da ex-presidente da liderança do país foi impulsionada pela suspeita de fraude nas eleições do dia 20 de outubro. Morales perdeu o apoio dos militares, que o aconselharam a renunciar ao cargo, agravando a crise política no país.

Já na terça-feira (12), Jeanine Áñez, ex-segunda vice-presidente do Senado, assumiu a Presidência interina da Bolívia após a renúncia de cinco autoridades da hierarquia governamental. “Assumo de imediato a presidência e me comprometo a tomar todas as medidas necessárias para pacificar o país”, disse ela no Senado.

O Tribunal Constitucional da Bolívia divulgou uma nota reconhecendo Áñez como presidente. Novas eleições deverão ser convocadas.

No entanto, o chefe de divisão de estudos regionais do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Jorge Roldos, disse, na última segunda-feira (11), que as turbulências políticas na Bolívia, e também no Chile, podem não gerar consequências para os outros países da região.

Todavia, o chefe afirmou ainda que as turbulências farão com que a autoridade monetária tenha que atualizar as previsões de Produto Interno Bruto (PIB) destes países.

Veja também: Crises na Bolívia e no Chile não impactarão economias regionais, diz FMI

Em Hong Kong, esta semana, os conflitos entre o governos e civis se inflamaram. Após mais de 20 semanas de protestos contínuos, a polícia afirmou considerar que a “sociedade está à beira do colapso total”.

Na última terça, manifestantes organizaram um ato relâmpago com mais de mil pessoas no centro financeiro da cidade. Trajados com roupa social e máscaras para proteção contra gás lacrimogêneo, bloquearam vias e protestaram em mais um dos movimentos pró-democracia.

A Semana Internacional da Suno Research levanta os principais acontecimentos da última semana e que irão movimentar o mercado internacional.

Jader Lazarini

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