Secretário da Previdência diz que aprovação da PEC será mais difícil

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, declarou que será mais difícil a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência, em comparação com a reforma da legislação trabalhista, durante a gestão de Michel Temer (MDB).

“Esse projeto não é fácil. Vai ser mais difícil do que a reforma trabalhista”, afirmou Marinho, ao fim da 53ª Convenção Nacional de Supermercados, promovida pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (21).

Apesar de os parlamentares concordarem com a necessidade da reforma da Previdência, muitos deles precisam atender às demandas do eleitorado local, de acordo com o secretário.

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Clima favorável

Entretanto, Rogério Marinho também disse que o clima nunca foi tão favorável à aprovação da PEC. A conclusão do secretário vem após ter encontros com bancadas que representam 50% dos parlamentares, entre deputados e senadores.

“Nunca vi um clima tão favorável dentro do Parlamento brasileiro”, afirmou. “A postura dos parlamentares é propositiva. Mudou o que ocorria na ultima legislatura”, completou Marinho.

Na visão do secretário, o clima é favorável devido ao amadurecimento dos políticos. Visto que já houve tramitação de PEC de reforma da Previdência durante a gestão de Michel Temer.

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Anúncio do relator da PEC da reforma da Previdência adiado

A reunião, programada para esta quinta-feira, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi adiada. Estava previsto que o relator para a reforma da Previdência fosse designado durante o encontro.

De acordo com a liderança do PSL, partido do presidente da República Jair Bolsonaro, lideranças partidárias concordaram em anunciar o relator da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência após esclarecimentos do governo acerca do projeto de aposentadoria e reestruturação da carreira dos militares das Forças Armadas.

“Depois de uma reunião com líderes partidários, ficou acordado que não haverá a indicação do relator até que o Governo, através do Ministério da Economia, apresente um esclarecimento sobre a reforma e a reestruturação dos militares”, escreveu a liderança do PSL em nota. O chefe da Casa citada é Paulo Guedes.

Amanda Gushiken

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